04
de julho de 2013 | N° 17481
ARTIGOS
- Simone Leite*
Viva a sintonia, abaixo a má
gestão!
Quando
não se faz, é a vida quem faz. Assim o Brasil transformou em urgência pedidos
já amarelados nos intrincados escaninhos do governo e que não foram ouvidos
pelos representantes do povo. As ruas, que serviram de palco para as
manifestações há muito não vistas, deram eco às entidades que repetiam sempre
pedindo boa gestão, transparência, ética e, mais, punição dos corruptos e
corruptores. O descontentamento dos brasileiros abrigou, no seu protesto,
também as queixas das entidades e, com isso, a Federasul se integra a este coro
e em sintonia com o direito de manifestar seu ponto de vista com os
acontecimentos.
O
Brasil saiu da inércia e ganhou voz e, agora, também ouvidos. O exemplo fica
estampado no caso da PEC 37, que foi rejeitada numa votação-relâmpago e
extraordinária! Os anúncios feitos pela presidenta Dilma Rousseff, como
resposta às manifestações, contemplam reivindicações econômicas que, em alguma
medida, se alinham aos interesses gerais como a oferta de saúde, educação e
segurança.
Os
governos precisam ser responsáveis especialmente no que tange às promessas
feitas antes das eleições. Por esta razão, no posicionamento da Federasul, a
gestão pública e a defesa de gastos positivos (e total repúdio ao mau gasto!)
ganham destaque. Somos contra o desperdício e, assim como o clamor popular,
também esperamos retorno satisfatório dos impostos que recolhemos e que pouco
ou em nada voltam na forma de serviços à população.
Entidades,
povo e nação precisam ser uma coisa só. Não se separa as diferenças de
interesses quando o objetivo é o desejo de um Brasil melhor, e mais justo –
aquele que produz emprego, produtos de qualidade, que gera riquezas que possam
ser divididas entre todos e que seja mais fraterno. E vamos além, reivindicamos
um país resguardado da impunidade parlamentar, com a ampliação da Lei da Ficha
Limpa e com a impossibilidade de eleição e nomeação para a ocupação de cargos
públicos de pessoas condenadas.
Por
fim e resumindo, queremos ser livres para crescer e produzir em solo fértil,
num ambiente solidário, sem medo do que está por vir, com chances de progredir
em total sintonia com o sentimento de satisfação e respeito. Abaixo a sensação
de sermos massa de manobra de partidos e políticos mal-intencionados. Vivam a
ordem e o progresso!
*Presidente
em exercício da Federasul e presidente da Câmara de Indústria, Comércio e
Serviços de Canoas
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