Adriana
Lampert - FREDY VIEIRA/JC
Fortunati diz no PGQP que Capital fez
uma reflexão para a Copa
Plenária
realizada no último dia do Congresso Internacional do PGQP analisou os
preparativos para o Mundial
Fortunati
destacou a relevância de obras como a da avenida Tronco
A
preparação de Porto Alegre para a Copa do Mundo de 2014, realizada por meio do
trabalho de nove câmaras temáticas, com objetivo de qualificar ações de
mobilidade urbana, segurança, assistência social, saúde, entre outros,
possibilitou que o poder público fizesse uma “ampla reflexão” sobre a cidade.
A
avaliação foi feita pelo prefeito, José Fortunati, durante o primeiro painel do
último dia do 14º Congresso Internacional da Gestão, promovido pelo Programa
Gaúcho da Qualidade e Produtividade (PGQP). Sob o tema Ganhando a Copa para
Melhorar o Brasil, o debate ocorrido na Fiergs envolveu ainda o assessor da
Secretaria Municipal Extraordinária da Copa do Mundo da Prefeitura de Belo
Horizonte, Alexandre Hill Mestrini.
“A
Copa possibilitou que pudéssemos considerar temas que acabam não aparecendo,
mas que são fundamentais para a qualidade da população”, opinou o prefeito. Ao
apresentar a recente experiência de Belo Horizonte no receptivo da Copa das
Confederações, Mestrini admitiu que a cidade executou o planejamento
estratégico iniciado há mais de cinco anos com “muitos acertos, mas alguns
equívocos”.
“Mesmo
assim, não há dúvidas de que o evento ajudou a impulsionar projetos cujo prazo
previsto era muito maior, como a oferta de serviço wi-fi gratuito por duas
horas/dia a todos os cidadãos, que havia sido pensado pelo Executivo para ser
implementado em 2030”, exemplificou.
Ao
avaliar o comprometimento firmado com o receptivo do Mundial, o assessor da
Copa em Belo Horizonte fez uma “autocrítica” do País e apontou que os
municípios deveriam se pautar pelo “padrão Fifa” em todas as suas áreas de
investimentos. “Estamos atrasados na questão da qualidade do transporte
público, por exemplo. Por isso o evento é bem recebido, pois acelerou obras do
gênero”, ponderou, frisando que é preciso diferenciar os investimentos que são
injetados na Copa dos que são reservados às áreas de Saúde e Educação.
Fortunati
aproveitou para reforçar que os valores destinados às alterações de
infraestrutura na Capital foram agregados ao orçamento do município sem que
fosse retirado “nenhum centavo” de outras pastas. Ele lembrou que se o Mundial
não ocorresse no Brasil, muitos recursos
que estão sendo destinados – via financiamento com prazos e juros especiais –
às cidades-sede seriam “diluídos” entre mais de 5.565 municípios, impossibilitando
obras de porte, como a duplicação da avenida Tronco, em Porto Alegre. “Esta
obra está projetada desde 1979, quando entrou no Plano Diretor, e não sairia do
papel não fosse a oportunidade de obter recursos para remover 1.450 famílias
com o respeito que merecem”, disse.
Ao
considerar a empreitada como “fundamental” para qualificar o fluxo de quem se
desloca do Centro para a zona Sul, e vice-versa, o prefeito de Porto Alegre
destacou que aquela avenida também terá corredor exclusivo de ônibus e
ciclovia. Mestrini ainda opinou que a troca de conhecimento entre as cidades
brasileiras que sediarão os jogos da Copa de 2014 será o grande legado do
Mundial, enquanto Fortunati considerou que a experiência de Belo Horizonte “é
um bom exemplo” para Porto Alegre planejar as últimas ações até o evento.
Atitudes
transformadoras são destaque de palestra
Ter
uma atitude aberta às transformações pode fazer toda a diferença no ambiente
organizacional. A tese defendida pelo casal português João Alberto Catalão e
Ana Teresa Penim, durante a abertura da programação vespertina do 14º Congresso
Internacional de Gestão, fez o público presente, ontem, no auditório da Fiergs,
pensar a respeito de atitudes voltadas às mudanças.
Fundadores
do grupo BusinessUp Portugal e autores dos livros Atitude UAUme e Ferramentas
de Coaching, entre outros, os dois identificam semelhanças entre o atual
momento brasileiro e os países da Europa no passado. “É preciso cuidado para
não repetir os mesmo erros que cometemos, principalmente no que se refere ao
consumo excessivo e de modo que não pode se tornar sustentável”, alerta
Catalão.
Catalão
faz referência ao excesso de oportunidades e riquezas do País e que, por outro
lado, acabam não retornando em serviços essenciais, como saúde, infraestrutura
e educação. “Possuir os recursos existentes no Brasil e se falar em ‘pibinho’ é
sinal de que algo não vai bem”, avalia.
Em
clima de descontração, marido e mulher demonstraram sintonia na apresentação,
ao mesmo tempo em que apresentavam alguns indícios do que classificam como
transformações sociais, econômicas, ambientais e, essencialmente, de consumo. A
dica, conforme Ana, para não cair nas armadilhas de um mundo em plena mudança é
evitar passar de “ser-humano” para “ter-humano”.
Com
base no trocadilho, Catalão afirma que as novas gerações terão de se inserir em
um cenário que determina uma média de 12 experiências profissionais ao longo da
carreira. Para lidar com a nova realidade, segundo o executivo, que também
preside a Associação Ibero-Americana de Coaching, manter a “atitude transformacional”
é uma das chaves para prosperar.
Nesse
contexto, o casal, que no encerramento da palestra optou por voltar ao palco
pilchado, ensinou alguns passos que podem ajudar a melhorar as perspectivas
diante das mudanças. Ter um propósito, orientação para agir, autoconhecimento,
autorresponsabilidade, são fatores que levam ao tão esperado aprendizado
transformacional.
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