11
de julho de 2013 | N° 17488
ARTIGOS
- Maria Elena Pereira Johanpetter*
País rico é país que tem valores
Há quatro
meses a Edelman, uma das maiores agências de comunicação e de relações públicas
do mundo, divulgou o resultado de sua pesquisa para 2013. Edelman realiza,
desde 2001, pesquisa denominada Trust Barometer Estudo de Confiança Edelman,
sobre confiança e credibilidade em quatro segmentos: empresas, governo, ONGs e
mídia. A principal conclusão do Barômetro em 2013, o que não é surpresa, é que
há crise de confiança e de credibilidade nas instituições. No Brasil, a mídia
foi considerada a instituição mais confiável, e, em último, o governo. Essa
classificação foi dada tanto pelo público em geral quanto pelos formadores de
opinião.
Os
entrevistados dizem confiar mais em “pessoas comuns”, como empregados, funcionários
públicos, especialistas e acadêmicos. O que mostra que as pessoas acreditam
mais em quem não tem interesse político ou financeiro envolvido.
As
manifestações nas ruas, embora tenham temas tangíveis, o que é muito bom pois
permite aos governantes e políticos darem respostas bem focadas, com prazos e
resultados que possam ser mensurados, nos mostram a busca por valores intangíveis.
Estamos nas ruas clamando por princípios e valores éticos, morais, que foram
engolidos, esquecidos, pela ganância e descolados do real papel dos
representantes do povo. A falta de confiança, a corrupção, a falta de transparência
e incompetência.
Para
voltarmos a ter confiança nas instituições e nas pessoas que as representam, é primordial
que elas apresentem a combinação de três fatores interdependentes:
a) Competência,
isto é, a capacidade de fazer bem feito aquilo que a pessoa diz que sabe ou se
propõe fazer. b) Sinceridade: a pessoa diz o que de fato está pensando e faz o
que diz. c) Responsabilidade: é o comportamento de entregar o que foi
prometido, dentro do prazo previsto, e arcar com as consequências das próprias
ações.
Parceiros
Voluntários trabalha calcada no conceito de que “trabalhar os valores internos
faz despertar na pessoa o seu verdadeiro valor, o que a torna mais ativa e
socialmente transformadora do mundo ao seu redor”. As pessoas que estão nas
ruas estão exercendo a sua RSI – Responsabilidade Social Individual, por isso não
existe uma liderança, todos são líderes.
Os
tempos são de mudanças. Ninguém sabe, ainda, como lidar com essa energia de
mudança, pois não se sabe onde ela começa e muito menos onde ela terminará. Mas
todos sabemos que não serão mais aceitos valores não positivos, valores que não
atinjam ao bem comum. As soluções assertivas urgem, pois as próximas eleições
se aproximam, e torcemos para que o povo brasileiro tenha memória!
*PRESIDENTE
(VOLUNTÁRIA) DA ONG PARCEIROS VOLUNTÁRIOS
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