sábado, 27 de julho de 2013


27 de julho de 2013 | N° 17504
PAULO SANT’ANA

Distribuição dos médicos

Há uma ânsia no país por mais médicos. O governo federal lançou o programa Mais Médicos e foi impressionante a receptividade: 2.552 municípios brasileiros, cerca de metade do total, aderiram ao programa até o último dia de inscrições.

Sobre a polêmica de que não adianta dotar as zonas carentes de médicos, em face de que não há equipamentos para que eles desenvolvam sua atividades, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, esclareceu que a ideia do governo é fortalecer a atuação básica, que é capaz de resolver 80% dos problemas de saúde sem a necessidade de recorrer a um hospital.

O fato é que soou o alarma e se ficou sabendo que grande parte da população brasileira não conta com médicos nos locais em que vive, as próprias entidades representativas dos médicos afirmam que “sem médicos não se faz Saúde”.

Foi só agora que se ganhou consciência da falta alastrada de médicos nos municípios do Interior e na periferia das grandes cidades. É tão grave o problema que faltam médicos até mesmo em várias capitais brasileiras.

Isto terá agora de começar a ser resolvido. Esse alarma da falta de médicos veio desabar em cima exatamente dos protestos gerais contra o atendimento de saúde no Brasil.

Diante da ofensiva de milhares de prefeitos brasileiros que reclamaram do governo federal de que não contam com médicos nos seus municípios, o governo instalou estudos que chegaram à conclusão de que os médicos estão mal distribuídos no território nacional.

O governo está se mexendo, apesar dos protestos contra seus planos. Mas alguma coisa tem de ser feita. É incrível que diante do clamor por melhor atendimento de saúde se tenha constatado que a falta de médicos na maior parte do território nacional é um nó górdio da problemática.

Quem fez o diagnóstico foram os prefeitos. Eles é que sabem onde lhes apertam os calos. Interessante é que não se cogita que faltem no Brasil engenheiros, dentistas, advogados; existem até em demasia.

Mas faltam médicos. E se formam toneladas de médicos nas escolas de Medicina todos os anos. Como é que é isso? Essa charada cabe só ao governo resolver.

A delegada de polícia Áurea Hoeppel, titular da 6ª Delegacia, telefona orgulhosa para dizer que seus escassos recursos humanos para as investigações conseguiram elucidar aquele caso citado por esta coluna de um ladrão que invadiu uma residência várias vezes e o dono da casa ameaçou taxativamente de matar o larápio.


Foi feito o inquérito com o ladrão, identificado e responsabilizado.

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