30
de julho de 2013 | N° 17507
EDITORIAIS
Atraso
injustificável
A
confirmação de que muitas obras em andamento na Capital relacionadas à Copa não
serão mais concluídas antes da realização dos jogos expõe mais uma vez a
dificuldade do poder público de lidar com planejamento e de a burocracia
estatal atender a um aumento da demanda.
Quando
nem mesmo uma oportunidade rara como a oferecida pelo Mundial consegue ser bem
aproveitada para alavancar investimentos há muito tempo aguardados pelos
contribuintes, é importante que a máquina administrativa reflita seriamente
sobre onde estão os erros e o que pode ser feito para eliminá-los.
E é
preciso haver garantia de que o novo cronograma, com período de conclusão para
depois de 2014, venha a ser efetivamente cumprido.
Entre
as iniciativas que devem ficar para depois, estão duas na esfera federal: a
ampliação do terminal de passageiros e da pista do aeroporto Salgado Filho. No
caso do município, preocupa o elevado número de obras deixadas para depois, com
a decisão de concentrar o foco no entorno do Beira-Rio.
E
isso mesmo com a decisão da prefeitura de Porto Alegre de retirar obras da
Matriz de Responsabilidade para a Copa, transferindo-as para o âmbito do
Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), evitando com isso perder recursos
públicos. Entre os atrasos, um dos mais preocupantes é o do Sistema de Ônibus
Rápidos (BRT), de interesse geral, cujas obras constituem um suplício para quem
trafega pela Capital.
Mais
uma vez, a admissão de que será impossível cumprir o organograma, mesmo com a
pressão imposta por um evento internacional, expõe a dificuldade da máquina
pública de cumprir suas finalidades básicas. Por isso, não basta a comunidade
exigir o cumprimento dos prazos revistos. Precisa se dispor também a cobrar
mais eficiência da burocracia daqui para a frente.
Nenhum comentário:
Postar um comentário