26 de setembro de 2012 |
N° 17204
PAULO SANT’ANA
Greve geral dos aposentados
As 600 pessoas que se dedicam no
call center de Zero Hora a colher opiniões dos leitores sobre as edições de
nosso jornal fizeram o ranking das “notícias ou reportagens” mais citadas e que
despertaram a atenção dos leitores.
Pois, segunda-feira passada, o
resultado foi o seguinte, a respeito da edição de domingo: 1º lugar – coluna de
Paulo Sant’Ana intitulada “Azedume no rádio”, com 17,1%; 2º lugar – no caderno
Donna, a reportagem “A educação está no ar”, com 17,1%; 3º lugar – a reportagem
“Defasagem na BM é a maior desde 75”, com 17,1%.
Portanto, pau a pau, confirmando
a liderança inconteste desta coluna em leitura há muitos e muitos anos.
Eu fico todo vaidoso. O leitor
Luiz Alberto Oppermann (luiz.oppermann@terra.com.br) manda uma interessante
sugestão a esta coluna.
Ele diz que a sociedade há muito
tempo assiste às greves dos professores universitários, funcionários públicos
de universidades federais, médicos de entidades públicas, servidores da Justiça
de todas as esferas, policiais, funcionários públicos de todas as esferas. As
greves se sucedem avassaladoramente.
Então, declara o leitor que, em
face de que os proventos dos aposentados em geral estão cada vez mais perdendo
valor, sem reajustamentos infames e simbólicos, proventos em tudo inferiores ao
que ganham os funcionários e trabalhadores da ativa, ele sugere a eclosão de um
fato que nunca houve: uma GREVE GERAL DOS APOSENTADOS.
Por essa greve, todos os
aposentados brasileiros vestiriam pijama e ficariam repousando em suas casas
sem nada fazer durante 60 dias, sem movimentar assim a economia.
Com essa greve, os restaurantes
ficariam quase vazios, as lojas veriam diminuir violentamente as suas vendas,
diminuiria sensivelmente a economia turística com o declínio nos eventos,
programas, roteiros, gastronomia, hotelaria, pois são os aposentados as molas
mestras dessas atividades.
Segundo o leitor que propõe A
GREVE GERAL DOS APOSENTADOS, as farmácias teriam de reduzir drasticamente os
seus quadros de pessoal durante dois meses, pois os aposentados, já por sua
idade avançada e consequentes doenças, deixariam de comprar seus produtos.
As empregadas domésticas e as
lavanderias não saberão o que fazer, pois não haverá mais roupa alguma para
lavar, todos os aposentados restarão em seus lares só usando pijamas.
Os bancos se apavorarão com a
ausência de clientes querendo ver os seus extratos e não movimentando suas
contas.
Os condomínios entrarão em
colapso, eis que a maioria avassaladora de síndicos é aposentada.
Os inquilinos de aposentados
ficarão despreocupados em quitar seus aluguéis.
E, finalmente, os supermercados
veriam reduzido para menos da metade o seu faturamento.
Segundo o leitor que sugere a
GREVE GERAL DOS APOSENTADOS, o governo, diante desse colapso social e
econômico, não terá outro caminho senão sanar a grande injustiça salarial que
sangra os aposentados brasileiros.
Eu achei uma excelente ideia.
Porque ninguém do governo liga para os aposentados. E, como só quem consegue
alguma coisa neste país é quem faz greve, está claro que amassam salarialmente
os aposentados porque eles não fazem greve e não têm poder de ação.
Grande ideia!
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