23
de setembro de 2012 | N° 17201PÁGINA 10 |
ROSANE
DE OLIVEIRA
Pedras no caminho do
PT
Mesmo
que consiga aumentar o número de prefeitos em relação a 2008, o PT caminha para
uma eleição traumática nas principais cidades do país e tende a sair menor do
que entrou na disputa. E não é apenas por consequência da exploração do
julgamento do mensalão pelos adversários. Carente de novos líderes, o partido
entrou atravessado na disputa eleitoral, abriu mão de concorrer em cidades
importantes e, de acordo com as pesquisas, colherá escassas vitórias nas
capitais.
Sem
um nome forte no Rio, o partido do ex-presidente Lula apoia o prefeito Eduardo
Paes (PMDB), que deve ganhar no primeiro turno, mas no mapa do poder a estrela
vermelha não aparecerá na cidade-sede das Olimpíadas. O PT também não tem
candidato em Curitiba e Florianópolis.
Em
São Paulo, a trajetória ascendente de Fernando Haddad foi interrompida na
última pesquisa, apesar de todo o empenho do ex-presidente Lula, da presidente
Dilma Rousseff e da ministra Marta Suplicy, que entrou na campanha e ganhou o
cargo. O adversário de Haddad, José Serra (PSDB), parou de cair e nenhum dos
dois ameaça o líder, Celso Russomanno (PRB).
Das
capitais com pesquisas disponíveis, o PT lidera apenas em Goiânia – com a
perspectiva de reeleger Paulo Garcia no primeiro turno – e em João Pessoa, mas
em situação de empate técnico com o PSDB. As candidaturas petistas patinam em
Porto Alegre, Recife, Salvador e Fortaleza.
No
Rio Grande do Sul, as últimas pesquisas do Ibope indicam vitória dos candidatos
do PDT em Porto Alegre e Caxias do Sul, no primeiro turno. A única situação
confortável para o partido é Canoas, com a reeleição de Jairo Jorge
praticamente garantida. Em Pelotas, Fernando Marroni deve enfrentar no segundo
turno o tucano Eduardo Leite (PSDB), com resultado imprevisível.
O
partido do governador Tarso Genro enfrenta uma crise em São Leopoldo, onde
Ronaldo Zulke foi escolhido de última hora para substituir o candidato para
quem perdera a disputa interna. Para piorar a situação, a Justiça Eleitoral
indeferiu o registro da candidatura de Tarcísio Zimmermann em Novo Hamburgo, um
prefeito que tinha a reeleição na mão e agora aguarda o julgamento de um
recurso no Tribunal Superior Eleitoral.
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