terça-feira, 13 de agosto de 2013


13 de agosto de 2013 | N° 17521
DIOGO OLIVIER

Metas para a base

Escrevi sobre a perda de relevância das categorias de base no Grêmio para além de uma década, justamente o período sem títulos. Recebi muitos e-mails de torcedores. Todos, sem exceção, concordando. Em 1983 e 1995, anos do Mundial e do bi da América, meio time era feito em casa. Hoje não há ninguém entre os titulares. É a realidade, nua e crua. O problema atravessou várias gestões, com interrupções de projetos por questões políticas.

A direção atual garante que está consciente deste cenário. Rui Costa, executivo de futebol, e Marcos Chitolina, assessor, me revelaram alguns e planos e ações implementadas nestes pouco mais de setes meses. A colheita pode se dar logo, segundo eles:

1 A meta é chegar ao fim de 2014 com cinco titulares oriundos da base. E um terço do grupo de jogadores.

2Está em curso uma política de aumento do percentual dos direitos econômicos da gurizada, para capitalizar o clube. Exemplos: Lucas Coelho e Matheus Biteco são 70% do Grêmio.

3O Grêmio tem mapeamento de 300 promessas de outros clubes, no Brasil e Exterior.

4Há parceria com 70 pontos de observação no país.

Sem chapão

Fábio Koff bem que tentou, mas não conseguiu unificar a situação em uma única chapa para a renovação de 50% do Conselho Deliberativo. O grupo Sócios Livres, que o apoiou contra Paulo Odone, fincou pé. Se unirá ao Multicampeão e ao Grêmio Sempre para lançar nominata própria. A outra chapa de situação, com Danrlei à frente – ele ainda não tem tempo de associação para ser conselheiro ou candidato presidencial, mas pavimenta o futuro pelas vias estatutárias –, reunirá Grêmio Vencedor e o Grêmio Unido. O pleito é dia 28 de setembro.

Beira-Rio brasileiro

O Inter planeja divulgar as diretrizes da festa de reinauguração do Beira-Rio não apenas em Porto Alegre, mas também em São Paulo. A ideia é realizar dois eventos, seguidos de entrevistas coletivas, nas capitais gaúcha e paulista. É a busca por investidores também no maior mercado brasileiro, para bancar os custos do espetáculo. Trata-se de uma sede da Copa de 2014. A produtora Histórias Incríveis, responsável pela direção artística e comandada pelo gaúcho e ex-diretor da Globo Edson Erdmann, fica no Rio de Janeiro.

Cuidado com o radinho

Torcedores do Inter foram barrados no Estádio do Vale. Motivo: portavam os velhos e bons radinhos de pilha, parceiros dos amantes do futebol durante décadas, mas que nas mãos de vândalos podem virar armas. Só conseguiram entrar sem o amigo inseparável. Inocentes pagaram pelos culpados. Que mundo é esse, em que temos medo até de um prosaico radinho de pilha?

A elitização avança

Cabem 70 mil no Maracanã. Só 38 mil viram o clássico das multidões, o mais importante do Brasil historicamente, na medida em que nos anos 40 e 50 tratava-se de rivalidade nacional. Se não for no Fla-Flu, quando o Maracanã lotará?


Será preciso repensar o preço do ingressos. Aquele paraíso de shoppings, cinema, churrascaria – ao menos por enquanto – ficou só nas maquetes de computador. Não era este um dos argumentos dos gestores para justificar a inflação na bilheteria?

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