17
de agosto de 2013 | N° 17525
PAULO
SANT’ANA
Debate criado
Recebi
urgente: “Paulo Sant’Ana. Foi com satisfação que li sua coluna de ontem.
Satisfação porque me parece ter sido a primeira voz na mídia a se levantar
contra esse massacre diário feito pelo Simers contra a iniciativa do governo em
lançar o programa Mais Médicos.
Era
preciso alguém com coragem de contrapor-se a esse sindicato que utiliza seus
recursos, provavelmente abundantes, para tentar desqualificar a iniciativa.
Sindicatos são, por natureza, corporativistas (têm que defender seus filiados
de todas as formas, até para se manter no poder, mesmo que seja a custo de
demagogia), mas temos que entender que o exercício da medicina não é uma
profissão comum, pois dela depende, em parte, a saúde pública. Governos erram e
acertam, e muitas vezes temos que esperar para ver o resultado.
Temos
o direito e é correto questionarmos tudo o que é proposto, mas fazer campanha
para distorcer a opinião pública e tentar boicotar a medida em questão chega a
ser irracional, ainda mais agora que ficam melhor esclarecidas pela coluna as
formas de contratação.
A
comparação feita pelo Simers, sobre os direitos trabalhistas de médicos no
programa e os direitos dos empregados domésticos, é esdrúxula. Por que os
empregados domésticos? A presidenta não deveria sancionar o projeto que lhes
deu os atuais direitos? Ou o Simers entende que os médicos são uma categoria de
profissionais de uma estirpe ‘melhor’ do que os outros? São, com certeza,
profissionais que trabalham por dinheiro, o que não é crime nem imoral, mas têm
que se lembrar do juramento que fazem. Parabéns pela coluna. Abraço, (ass.)
Paulo Roberto Leal (prleal51@hotmail.com)”.
Ainda
o debate: “Caro Sant’Ana. Na esperança de que tu leias esta mensagem, quero te
parabenizar pela coluna de hoje. Sou leitor assíduo da ZH, começando sempre
pela tua coluna, que aprecio muito. Hoje ela está fenomenal. Um leigo percebe
que o que Simers publica a respeito do assunto abordado é absurdo.
Há
dias estava estranhando que ninguém da imprensa alerta para isso... parece que
todos comungam da mesma opinião do Simers (propaganda de mau gosto!). Bem que o
Simers poderia cuidar mais e cumprir o seu slogan (a verdade faz bem à saúde)
para não cair totalmente em descrédito. Os médicos não têm responsabilidade?
Mas por que não alertam o seu sindicato a respeito?
Abraço,
(ass.) Erny Mugge (erny@oikoseditora.com.br)”.
Prossegue
a polêmica: “Caro Paulo Sant’Ana. Parabenizamos tua espetacular coluna de hoje!
Aliás, seria quase impossível que alguém não tivesse este reconhecimento a
todas as tuas colunas!
Precisamos
de um livro teu, com tuas melhores colunas!
Tenho
uma filha médica e sobrinhas na área de saúde.
Sabemos
do excessivo corporatismo da categoria, em especial dos sindicatos médicos. Um
grande abraço, (ass.) Luiz Carlos Fortunatto (fortunattoluiz@gmail.com)”.
Ainda
o mesmo assunto, sob ótica inversa: “Sr. Paulo Sant’Ana. Acredito que os
jornalistas são formadores de opinião. Logo, os mesmos têm o dever de buscar
informações sobre o assunto do qual estão falando.
O
senhor não leu nenhuma linha do edital do programa Mais Médicos, pois, se
tivesse perdido 30 minutos antes de escrever essa coluna infeliz, constataria
que o Simers está correto.
O
Ministério da Saúde trata a remuneração desse programa como bolsa. Como o
senhor costuma se dizer o maior conhecedor de todos os assuntos, deve saber o
que significa uma bolsa e as diferenças entre tal regime de contratação e um
salário.
Todos
já entenderam a sua opinião sobre os médicos, mas, por favor, não divulgue
inverdades. (ass.) Vanessa M. Pinto, médica (vanessampinto@terra.com.br)”.
O
colunista insiste num ponto: todo contrato de trabalho, inclusive bolsas etc.,
tem de se submeter à lei trabalhista.
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