27
de agosto de 2013 | N° 17535
LUÍS
AUGUSTO FISCHER
Projetos
falhados
Meu
amigo Paulo Guedes e eu uma vez pensamos em escrever uma memória sobre os
vários projetos de trabalho em que pusemos fé, infrutiferamente. Sou capaz de
lembrar agora mesmo uma dúzia de ideias que não prosperaram.
Três
exemplos. Uma revista para professores, idealizada com o citado Paulo e outros,
junto a uma das editoras que havia em Porto Alegre nos primeiros anos 1980. Um
jornalzinho para estudantes do Ensino Médio, em meados dos 1980, desta vez por
inspiração de meu falecido amigo Antônio Aladrén – para o número zero desse
jornal colaboraram dois talentos em brotação, ambos alunos de Jornalismo e hoje
figuras de destaque em Porto Alegre e no Brasil.
Um
jornal de cultura, que se chamaria, talvez, “Meio mundo”, nome inventado pelo
Edgar Vásquez, e seria bancado pela Secretaria de Cultura de Porto Alegre, lá
por 1993, sendo nosso chefe o também falecido Pilla Vares.
Não
paro de lembrar meus mortos de estimação: o ainda querido e sempre saudoso
Aníbal Damasceno Ferreira certa vez me contou que tinha um título perfeito para
uma revista de cultura. Era para ser uma publicação sem periodicidade, sem
compromisso com qualquer calendário, que sairia apenas quando o pessoal tivesse
algo realmente forte para dizer. O nome: “Temporal”. Logo abaixo, para explicar
sua natureza, em direta analogia com o título, viria a frase: “Só sai quando se
arma”.
Em
algum lugar dos meus guardados eu tenho uma pasta de plástico chamada “Os
projetos todos tolos combinados”, que é um verso de uma canção cantada pela
Elis, chamada Sentimental Eu Fico, do Renato Teixeira, veja só.
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