15
de agosto de 2013 | N° 17523
PAULO
SANT’ANA
Fiat lux!
Faltou
luz no intervalo do jogo na Arena. Mas em seguida fez-se a luz, porque, além de
Dida ter defendido um pênalti, Barcos marcou um golaço. Então, o Dida e o
Barcos, ambos indicados por mim para o Grêmio, constituíram-se em estrelas da
vitória.
Agora
o time de Renato fez jus à tradição do Grêmio, está entre os integrantes do G-4.
Este é o lugar do Grêmio, o lugar de Dida, o lugar de Barcos, o lugar do
Renato, o lugar do pé-quente Fábio Koff.
E, a
todos estas, qual é o meu lugar?
O
meu lugar é indicando jogadores decisivos para o Grêmio.
Por
acaso, recebi uma grande lição de jornalismo na sexta-feira passada, quando
publiquei uma carta de um leitor que reclamou veementemente da sujeira de ratos
e do comportamento drogado de pessoas vadias e agressivas no entorno da confluência
da Avenida Protásio Alves com as ruas Silva Só e Mariante.
O
ambiente ali está como o diabo gosta.
Então,
publiquei despretensiosamente a reclamação do leitor. E, para minha surpresa, o
call center de Zero Hora divulgou que a matéria mais lida do jornal foi a minha
coluna. Não entendi direito. Foi uma simples carta reclamatória.
E
desde anteontem chove na minha mesa apoio de outros leitores que moram nas
proximidades da área urbana nevrálgica, todos referindo os itens da reclamação
e juntando outros pontos de inconveniência da sujeira e dos atos de desordem e
de drogação explícita com crack e outras substâncias proibidas cujos atos
consequentes infernizam a vida dos moradores das adjacências.
A lição
que recebi foi a seguinte: quando o direito dos cidadãos de morar com
tranquilidade no seu reduto urbano é ferido, a comunidade se levanta em
protesto contra as irregularidades.
Convém
principalmente à prefeitura que lidere um movimento, que inclua a polícia, para
limpar aquela região, não é civilizada a vida por ali e as famílias são
hostilizadas por aquele ambiente de total agressividade humana e de sujeira
deletéria pelas ruas e calçadas.
Fiquei
surpreso com a repercussão. Ainda continuam chegando à minha mesa as queixas.
E
jornalisticamente é curioso que esse fato tenha provocado tanta repercussão.
Às
vezes, um colunista se atira a assuntos que não têm a mesma importância que
este, sem dar-se conta disso.
E
agora, no entanto, fico orgulhoso de ter prestado esse grande serviço a uma
região infestada da cidade.
Falta
que as autoridades arregacem as mangas e ponham fim a essa aflição comunitária.
E o
Brasil levou uma lição de humildade ao perder para a Suíça ontem por 1 a 0.
Há times,
como a Seleção Brasileira e o Grêmio, que são avessos a jogar fora de casa.
Saída
recentemente da conquista do título máximo na Copa das Confederações realizada
no Brasil, a Seleção Brasileira foi batida ontem irretorquivelmente pela – pode-se
dizer – quase modesta Suíça.
Ainda
bem que a Copa do Mundo será no Brasil. Aqui, a Seleção ficará mais à vontade
para mostrar seu talento, que desaparece quando joga fora de casa.
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