20
de junho de 2012 | N° 17106
PAULO
SANT’ANA
Os diabéticos, o mendigo e a
NET
A
direção da NET está procurando um encontro comigo para explicar-se sobre as
reclamações abundantes de seus assinantes, que vieram parar na minha mesa e
obtiveram desta coluna uma repercussão.
Falei-lhes
que terei prazer em ouvi-los, basta que venham até a redação de ZH quando eu
estiver aqui trabalhando, quando eu não estiver tratando de minha saúde. Podem
saber disso pelo telefone. Ficaram de vir a partir de hoje.
Creio
que de alguma forma esta coluna colaborará para que melhore definitivamente as
relações entre a NET e seus assinantes.
Assim
como está, não pode perdurar.
O
mendigo da sinaleira me faz lembrar uma gíria antiga, que há tempos eu não
ouvia. Eu dei a ele uma moeda de um real e ele lascou: “Pô, meu, só um real?”.
Esta
gíria (“meu”), eu não ouvia há 40 anos. Diz-me o Luiz Araújo que o filho dele,
que tem apenas sete anos, usa esta gíria todos os dias.
Mas
é evidente que esta expressão está em desuso.
Gozado
que a gíria antiga era “meu”, mas nunca ouvi ninguém usar “minha”.
Deixei
de criticar o Vanderlei Luxemburgo em face dos recursos parcos que a direção do
Grêmio lhe deu para formar um time à altura da tradição do clube.
E
não há dúvida de que Kleber é o maior valor do elenco gremista. Mas já
repararam que Kleber não deu nenhum chute a gol nas vezes em que atuou depois
da cirurgia?
Será
que o Luxemburgo não notou que o Kleber não tem as melhores condições físicas
depois que voltou da convalescença e insiste com ele mesmo assim?
Reclamam-me
alguns diabéticos que procuraram a Santa Casa de Misericórdia para entrar na
fila dos transplantes de pâncreas de que lá lhes foi dito que aquele complexo
hospitalar não possui profissionais qualificados para fazer a coleta de
pâncreas em outros hospitais.
E me
dizem os reclamantes que a Santa Casa não manifesta interesse em qualificar uma
equipe de coleta, mesmo com o elevado número de diabéticos em nosso Estado.
Como
a Santa Casa é líder em transplantes, às vezes até é exclusiva nesse
procedimento médico, pergunto à direção daquele estabelecimento se há
procedência nas reclamações veementes que recebi.
Será
mesmo que este é um caso em que sobram doadores e faltam coletores?
Já
escrevi uma vez e vou repetir porque alguns leitores insistem no erro: não leio
e-mails que têm mais de 15 linhas.
Há
leitores, raros mas de bom número, que mandam e-mails de 40, 50, 100 ou até 200
linhas. Pura inutilidade, porque não os leio. É também uma espécie de abuso,
queiram entender que, para ler todos os e-mails que me mandam, é necessário que
escrevam menos de 15 linhas.
Não
são necessárias mais do que 15 linhas.
Não
leio mais que 15 linhas. É um posicionamento técnico.
Lula
e Maluf tiraram fotos juntos e vão apoiar o mesmo candidato à prefeitura de São
Paulo.
Isto é um concubinato.
Um comentário:
Os pacientes diabéticos que necessitam de transplante deveriam devido ao descaso deste serviço procurar outro Centro Transplantador de Pâncreas. Eu sou transplantada de pâncreas há 12 anos e fiz o meu em SP!
Miriam
miriamkunis@gmail.com
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