19
de junho de 2012 | N° 17105
PAULO
SANT’ANA
Questão de vestibular
Desnecessário
dizer que a ESPM (Escola Superior de Propaganda e Marketing) é disparado a
universidade mais cotada aqui no Estado para formar alunos em Propaganda,
Marketing, Design etc.
Adivinhem,
meus leitores e leitoras, qual foi o texto escolhido para que os candidatos ao
vestibular na ESPM interpretassem no vestibular ocorrido sábado passado?
Pois
foi exatamente o texto de Pablo, numa coluna que escrevi tempos atrás: eu
abordava o tema “Melancolia e depressão”.
Vocês,
portanto, já sabem que antigamente não havia a palavra depressão para designar
essa triste doença mental em que a pessoa se autoarrasa e se desespera a tal
ponto, que se nega a relacionar-se com as outras pessoas, querendo só ficar
encerrada num quarto, entendendo que a vida perdeu o sentido.
Essa
mesma doença, em tempos passados, já existia, mas seu nome era melancolia.
Fiquei
muito orgulhoso por escolherem uma coluna minha para o vestibular da ESPM.
Por
sinal, eu entendo que um vivente não tem a mínima condição de passar no
vestibular se não ler esta coluna. O vestibular é hoje um teste que exige tanto
conhecimento sobre atualidade, que é peculiar que uma pessoa só seja atualizada
se for leitora desta coluna.
Por
sinal, tive um atrito com um homem esses dias, num coquetel. O homem ficou
furioso porque entendeu que não lhe dei passagem num corredor. E gritava: “Isso
aqui não é a Zero Hora!”. Eu me exasperei e disse-lhe absurdamente: “O senhor,
de hoje em diante, está proibido de ler minha coluna em ZH”.
O
homem respondeu implorativo: “Tudo menos isso. O senhor não pode impedir que eu
leia sua coluna. Como, então, farei para não ter os dias estragados?”.
Uma
amiga minha me comunicou oficialmente que pretende voltar ao mercado da
sensualidade e que para tanto criou coragem e daqui a cinco dias sofrerá uma
dolorida cirurgia em seus dois joanetes.
Um
homem, anteontem, trafegou com seu carro por 15 quilômetros na contramão, na
freeway. Detido pela polícia, viu-se que dentro de seu carro havia uma garrafa
de cachaça e duas garrafas de cerveja.
Olhem
que 15 quilômetros na contramão na freeway é uma façanha mais de prestidigitação
do que de temeridade.
E
uma moça, dirigindo, três dias atrás, completamente embriagada, colidiu seu
carro com um obstáculo. Pelo que veio a morrer um carona seu que estava no
banco de trás, aqui em Porto Alegre.
A
direção de carros por pessoas embriagadas é hoje um dos principais problemas do
nosso louco e homicida trânsito.
Esses
dias, a polícia deteve um homem que quase não parava em pé depois que foi
retirado do volante.
Levou-o
para a delegacia. Lá, o delegado começou o interrogatório: “O senhor bebe álcool?”.
Resposta
do bebum: “Só quando não tem cachaça”.
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