25 de junho de 2012 | N° 17111
PAULO SANT’ANA
Grêmio espetacular!
Não calculam o tamanho do prazer com que sento ao computador
para fazer esta coluna: assisti não só a um grande jogo no Olímpico ontem, mas
vi a afirmação de Kleber com a sua melhor atuação no Grêmio desde a sua
chegada, como também a uma notável atuação de Marcelo Moreno na centroavância.
Assisti ontem também a uma estupenda demonstração de preparo
físico do Grêmio, como nunca tinha visto ainda este ano. Parabéns aos
fisicultores Paulo Paixão e Antônio Melo, brilhantes!
Parabéns também ao Luxemburgo. Porque quando estava 2 a 0
para o Grêmio, o sistema de contra-ataque do Grêmio foi entusiasmante.
A vitória de ontem foi a mais expressiva do ano porque o
Flamengo apareceu como um adversário de extraordinário talento, que nunca
abdicou de atacar.
E eu pergunto ao Paulo Pelaipe: onde é que ele e o
Luxemburgo foram achar esta joia de zagueiro, Werley? Que zagueiro!
Eu não sei mais de futebol do que o Luxemburgo e o meu amigo
Paulo Pelaipe. A única grande – e decisiva – vantagem que levo sobre esses dois
é que sou mais velho que eles. E os mais velhos sabem mais que os mais moços.
Estou me referindo a uma coisa que os leitores e os ouvintes
de ZH e Rádio Gaúcha têm bem marcada: quando botei a boca no trombone contra
Pelaipe e Luxemburgo pela azarada ideia que tiveram de colocar em campo quatro
reservas do Grêmio contra todo o time reserva do Vasco, no primeiro jogo do
Brasileirão.
Aquele erro pode ainda custar caro para o Grêmio neste
Brasileirão. Se não tivessem errado de modo absurdo, o Grêmio seria hoje o
líder do Brasileirão.
Porque o velho Pablo estava com a razão. Porque eu enxerguei
que Copa do Brasil é como folhas amarelas de outono lançadas ao vento. E o
caule grosso e firme da árvore é o Campeonato Brasileiro.
Eu vi antes de todos que era possível ao Grêmio buscar a
liderança do Brasileirão se utilizasse sempre os titulares. Luxemburgo e Pelaipe
não viram isso. Sabem por que eles não viram e cometeram o erro crasso?
Porque são mais moços do que eu, só por isso.
Os velhos como eu enxergam em perspectiva, sabem ver o que
vai acontecer adiante. E está aí o que aconteceu: o Grêmio hoje só não é líder
do Brasileirão e não avança decidido para ser um dos quatro primeiros do
certame, conseguindo assim entrar na Libertadores do ano que vem, porque
Luxemburgo e Pelaipe são mais moços do que eu.
Um dia ainda vão aprender esta prodigiosa superioridade do
velho Pablo sobre eles.
Mas o negócio é olhar para a frente. Se o time de Luxemburgo
jogar o que jogou ontem contra o Atlético Mineiro de Ronaldinho Gaúcho no
próximo domingo, no Olímpico de novo, podemos nos recuperar do erro histórico
da partida contra o Vasco.
Avante, Grêmio! Quem tem o Kléber espetacular de ontem, quem
tem o Luxemburgo estratego de sempre, pode nos dar a esperança de ser campeão
brasileiro. Se o Pelaipe trouxer e adquirir depressa três titulares para
reforçar o time.
Venham por mim, sigam o velho Pablo!
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