sábado, 30 de junho de 2012



01 de julho de 2012 | N° 17117
PAULO SANT’ANA

Victor vendido???!!!

Para tudo na vida, é necessária a camaradagem.

A camaradagem – imaginem – tem de existir até na vida entre os casais.

Não há sucesso em nenhuma relação humana em que não sobressaia a camaradagem.

A camaradagem é o procedimento ou atitude própria de amigo ou camarada.

Camaradagem, portanto, é parceria e amizade.

Camaradagem, não sei por que, implica também amizade.

Não há nada que me comova mais que a camaradagem que se instala entre mim e outras pessoas.

Meu camarada, meu cúmplice, irei contigo trilhando as mesmas ruas. Eu para felicidade tua, tu para felicidade minha.

Meu camarada, eu fui feito para amenizar as dores tuas, tu foste plasmado e talhado para amenizar as minhas dores.

E também foste feito, como eu, para compartilharmos a alegria de viver.

É preciso ter, acima de tudo, alegria em viver.

Nada mais buscamos em nossas vidas do que a alegria de viver.

Vejo só agora, ao escrever estas linhas, que encontrei finalmente o significado desta palavra maravilhosa que é “felicidade”: felicidade nada mais é do que a alegria de viver.

Não é feliz, portanto, quem está sem alegria de viver.

E a camaradagem revela essa euforia em que estamos ao nos pormos ao lado de outrem, juntos, unidos, para o que der e vier.

Parece até um pacto, amigo, o que estamos traçando: por onde fores, estarei ao teu lado, perfilado contigo, na direção da nossa causa. É claro que isso acarretará combate, dura lida da vida, luta, mas o nosso objetivo será sempre a vitória.

E, se o fracasso rondar os nossos passos, ele acabará servindo necessariamente para o nosso triunfo, ali ou lá adiante.

Queridos leitores e leitoras. Enquanto escrevo esta coluna que por motivos técnicos e industriais tem de ser terminada na sexta-feira, da qual agora são exatamente 20h40min, recebo uma notícia estarrecedora: o Grêmio vendeu para o Atlético Mineiro, exatamente o seu adversário de hoje no Olímpico, o goleiro Victor.

Esta notícia tem de ser investigada, minuciosamente esclarecida, porque chegando a mim nesta hora, véspera de enfrentar Ronaldinho Gaúcho no Olímpico, soa-me, como a todo mundo, surreal.

Não pode ser, não acredito. Para que os leitores tenham uma ideia do impacto desta notícia que estou recebendo neste instante, os três amigos para quem telefonei, assim que a notícia da venda de Victor para o Atlético bateu aqui na Redação, os três amigos meus se mostraram estupefatos.

Não pode ser! Esta notícia precisa ser desmentida.

Não pode ser! É o fim...

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