segunda-feira, 11 de junho de 2012



11 de junho de 2012 | N° 17097
PAULO SANT’ANA

Maravilha da natureza

Certa vez, o célebre boxeador Mike Tyson foi indagado por um apresentador de televisão: “Se eu tivesse que enfrentá-lo num ringue, que aconselharia que eu fizesse?”

Tyson respondeu: “Que usasse um revólver”.

O mesmo acontece com Lionel Messi: só com um revólver poderiam pará-lo.

Todo mundo se pergunta por que os marcadores de Messi não fazem falta nele quando o argentino fantástico parte para o gol.

Ora, não o param com falta porque ele é um raio, ninguém segura sua velocidade.

O momento mais mágico de Messi é quando ele presume que será lançado e parte como um foguete rumo à área adversária: ele tem a velocidade de Fórmula 1, penso até que o corpo pequeno e frágil de Lionel Messi o favorece para que ele atinja aquela velocidade espantosa que deixa para trás seus marcadores.

Ele fez dois gols sábado contra o Brasil como se fosse um jato. E quando ele se depara com o goleiro, sempre faz o gol.

Foi-nos dado a assistir sábado, contra o Brasil, um dos maiores espetáculos da Terra, o Messi que se aproxima da lenda de Pelé e supera Maradona.

Não tenho dúvidas: Messi é melhor do que o foi Maradona.

Ele faz três gols por partida no Campeonato Espanhol e faz também três gols contra o Brasil.

Temos a sorte de ver pela televisão um Messi prodigioso, imbatível, e sua arte vai construindo, hoje, a cada jogo, uma lenda que se tornará inesquecível.

Eu não sei como um sujeito que não é brasileiro possui tantas e tamanhas qualidades.

Brasil x Argentina foi também, tenho que confessar, um show à parte do Internacional: já jogaram no Beira-Rio, ou ainda jogam, Guiñazu, Leandro Damião, Oscar, Giuliano, Juan, Sandro e Pato. Isso explica por que o Internacional tem superado o Grêmio nos últimos anos. Houve certo tempo que o Grêmio dava mais jogadores à Seleção Brasileira que o Internacional.

Hoje, a surra que levamos é muito grande e lamentável.

Enquanto isso, um fato quase inédito nos últimos anos ocorre: o Grêmio está à frente do Internacional no Brasileirão. Não consigo me desligar da ideia de que, se o Grêmio tivesse jogado com todos os seus titulares contra o Vasco, poderia hoje ser o líder do campeonato.

Quanto ao Internacional, quando voltarem Damião, Oscar, D’Alessandro e Guiñazu, no meu entender, talvez só no meu entender, é o favorito para conquistar o título.

Miralles, na primeira etapa do jogo de ontem, foi a maior figura em campo. Talvez Luxemburgo não simpatize com ele, em vez de tirar André Lima, sacou o argentino para a entrada de Kleber.

O Grêmio, se Luxemburgo continuar a ter êxito em sua missão, candidata-se a uma vaga na Libertadores. É muito difícil acontecer isso, mas quem tem Luxemburgo pode esperar qualquer milagre.

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