11
de junho de 2013 | N° 17459
EDITORIAIS
ZH
ESCOLAS
PRECÁRIAS
O
Brasil, que nos últimos anos vem assegurando êxitos na ampliação do acesso à
rede escolar no Ensino Básico, não esbarra só nas dificuldades de melhorar
significativamente a qualidade no aprendizado. Estudo recém divulgado por
pesquisadores da Universidade de Brasília (UnB) e da Universidade Federal de
Santa Catarina (UFSC) demonstra uma precariedade impressionante nos
estabelecimentos escolares de maneira geral sob o ponto de vista de
infraestrutura.
A
situação um pouco menos preocupante nos Estados do Sul, que ostentam o maior
percentual de escolas com estrutura avançada, de 1,6% indica a necessidade de o
país investir mais em melhorias físicas, que estão diretamente relacionadas ao
aproveitamento escolar dos alunos.
Um
outro levantamento, realizado pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento
(BID), já havia chamado a atenção para o quanto a falta de bibliotecas,
computadores, laboratórios de ciências, auditórios e quadras de esportes nas
escolas, entre outros itens, tende a prejudicar o nível de aprendizagem.
Na
relação entre a infraestrutura escolar e os resultados obtidos pelos alunos, o
estudo do BID apontou, entre os fatores de maior contribuição para bons
desempenhos, a presença de apoio ao ensino (como salas de informática, por
exemplo), a garantia de serviços públicos de eletricidade e telefonia, o
fornecimento de água potável, rede de esgoto e banheiros em números adequados.
São
justamente as carências nessas áreas que chamam a atenção no estudo Uma Escala
para Medir a Infraestrutura Escolar, realizado por pesquisadores das duas
universidades. Enquanto 84,5% das escolas pesquisadas têm uma estrutura
elementar ou básica, apenas 0,6% se inclui entre as consideradas avançadas. Um
dos muitos desafios na área educacional, depois dos avanços quantitativos, é
assegurar um ambiente físico mais favorável ao aprendizado, que favoreça os
ganhos qualitativos.
O
trabalho realizado por pesquisadores, com base em dados do Censo Escolar 2011
do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira
(Inep), vai além da crítica generalizada à falta de estrutura física dos
estabelecimentos de ensino.
Um
dos méritos do estudo é o de chamar a atenção para as diferenças apresentadas
entre uma escola e outra e entre as instituições de ensino dos meios urbano e
rural, com tendência à constatação de melhores condições nas cidades de maior
porte. O ataque a essas questões é um desafio para o poder público, mas também
para as comunidades, que em muitos casos vêm assegurando avanços consideráveis
com base na mobilização de pais, alunos e educadores.
O
Brasil, que nos últimos anos vem assegurando êxitos na ampliação do acesso à
rede escolar no Ensino Básico, não esbarra só nas dificuldades de melhorar
significativamente a qualidade no aprendizado. Estudo recém divulgado por
pesquisadores da Universidade de Brasília (UnB) e da Universidade Federal de
Santa Catarina (UFSC) demonstra uma precariedade impressionante nos
estabelecimentos escolares de maneira geral sob o ponto de vista de
infraestrutura.
A
situação um pouco menos preocupante nos Estados do Sul, que ostentam o maior
percentual de escolas com estrutura avançada, de 1,6% indica a necessidade de o
país investir mais em melhorias físicas, que estão diretamente relacionadas ao
aproveitamento escolar dos alunos.
Um
outro levantamento, realizado pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento
(BID), já havia chamado a atenção para o quanto a falta de bibliotecas,
computadores, laboratórios de ciências, auditórios e quadras de esportes nas
escolas, entre outros itens, tende a prejudicar o nível de aprendizagem.
Na
relação entre a infraestrutura escolar e os resultados obtidos pelos alunos, o
estudo do BID apontou, entre os fatores de maior contribuição para bons
desempenhos, a presença de apoio ao ensino (como salas de informática, por
exemplo), a garantia de serviços públicos de eletricidade e telefonia, o
fornecimento de água potável, rede de esgoto e banheiros em números adequados.
São
justamente as carências nessas áreas que chamam a atenção no estudo Uma Escala
para Medir a Infraestrutura Escolar, realizado por pesquisadores das duas
universidades. Enquanto 84,5% das escolas pesquisadas têm uma estrutura
elementar ou básica, apenas 0,6% se inclui entre as consideradas avançadas. Um
dos muitos desafios na área educacional, depois dos avanços quantitativos, é
assegurar um ambiente físico mais favorável ao aprendizado, que favoreça os
ganhos qualitativos.
O
trabalho realizado por pesquisadores, com base em dados do Censo Escolar 2011
do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira
(Inep), vai além da crítica generalizada à falta de estrutura física dos
estabelecimentos de ensino.
Um
dos méritos do estudo é o de chamar a atenção para as diferenças apresentadas
entre uma escola e outra e entre as instituições de ensino dos meios urbano e
rural, com tendência à constatação de melhores condições nas cidades de maior
porte. O ataque a essas questões é um desafio para o poder público, mas também
para as comunidades, que em muitos casos vêm assegurando avanços consideráveis
com base na mobilização de pais, alunos e educadores.
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