sexta-feira, 14 de junho de 2013


Suspense hitchcockiano com uma surpresa atrás da outra

Headhunters, do consagrado norueguês Jo Nesbo, é desses thrillers sensacionais, com um enredo surpreendente, repleto de reviravoltas que prendem o leitor da primeira à última página. O romance foi adaptado para o cinema na Noruega e, em breve, terá uma versão hollywoodiana. Jo Nesbo, músico e economista que vive em Oslo, já é bem conhecido no Brasil pelos romances Garganta Vermelha,  A estrela do diabo e O redentor, publicados pela Record. Seu primeiro romance policial estrelado pelo detetive Harry Hole tornou-se sucesso instantâneo na Noruega, conquistando o Prêmio Glass Key como melhor romance nórdico de 1998.

Sua obra já vendeu mais de 14 milhões de exemplares no mundo. Headhunters mostra a alta cúpula financeira e industrial da Noruega e, ao mesmo tempo, revela um fantástico submundo de mercenários e vigaristas. Roger Brown é o melhor headhunter da Noruega.

As maiores empresas contam com seu faro na hora de escolher os executivos que ocuparão cargos de liderança. Ele é casado com uma mulher deslumbrante, dona de uma badalada galeria de arte e mora numa mansão construída por um renomado arquiteto.

Aparentemente ele tem a vida perfeita, mas está cada vez mais difícil arcar com os custos. Roger só consegue pagar as contas roubando obras de arte e vendendo-as para o mercado negro. Isso até surgir em seu caminho Clas Greve, executivo holandês de alto gabarito. Greve é diplomado pela Escola Superior de Economia da Noruega, foi parlamentar pelo Partido Conservador e executivo de sucesso em uma indústria norueguesa de porte médio e mesmo assim fica nervoso quando Roger Brown o entrevista para um alto cargo de executivo.

Para Roger, o candidato Clas é perfeito para o cargo e, de quebra, ainda é dono de um quadro do famoso pintor flamengo Rubens, que se acredita estar perdido desde a Segunda Guerra Mundial.

Se conseguir colocar a mão no quadro, Roger finalmente poderá se aposentar de suas atividades no mercado negro de arte e assumir a vida perfeita que sempre sonhou. Tudo parece bem, tranquilo, mas há outro caçador no jogo e os riscos que Roger corre podem colocá-lo em um terrível pesadelo. 


A crítica da prestigiada revista Newsweek caracterizou a prosa de Jo Nesbo como precisa e sofisticada e comparou sua habilidade de convencer a gostar de um protagonista repulsivo com a do genial escritor Nabokov, autor do clássico Lolita. Nesbo realmente é um grande contador de histórias e o suspense do livro é hitchcockiano, proporcionando uma surpresa atrás da outra, como foi escrito no Booklist.

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