28
de junho de 2013 | N° 17475
PAULO
SANT’ANA
Agora é moda ser
gay
A
moda no mundo agora é ser homossexual, ainda mais que anteontem a Suprema Corte
dos EUA legalizou o casamento entre pessoas do mesmo sexo.
Em
breve, na marcha que vai, o Congresso brasileiro vai aprovar o projeto “cura
hétero”. Ou seja, ser hétero será considerado uma doença. Pelo que serão
encarados brevemente como desprezíveis mulheres e homens que se casarem entre
si.
Que
tempos! Que época! Ninguém mais vai ter de esconder-se para ser gay. Todo mundo
vai poder sair do armário. Acabou o tempo em que gay era considerado como pestilento.
Em breve, hétero é que vai ser como leproso.
Ao
mesmo tempo, ninguém mais irá envergonhar-se por ter um filho ou filha gay.
Pelo contrário, irá se orgulhar. Parece que estou vendo um pai prever a
respeito de um seu filho menino: “Este garoto tem-me dado tanta desilusão, que
só falta, quando adulto, se casar com uma mulher”.
Admitamos
que será muito melhor o mundo assim, embora tanta reação haja ainda contra essa
liberdade de escolha sexual.
Nada
se ocultará. As pessoas livremente vão praticar sexo com quem bem quiserem. Era
violência em demasia contra os que apenas optavam por sua tendência sexual.
Daqui por diante, ninguém mais temerá por sua condição, seja hétero, seja gay,
todos terão livre exercício para sua índole.
Nós
chegamos ao absurdo, antes dessa revolução que agora se instala, de colégios
não aceitarem matricular pessoas porque eram gays, uma violência repelente. E
era torturante para os meninos e garotas gays ficarem dilacerados por não poder
revelar aos pais e irmãos a sua tendência. Acabou essa tortura.
Olhem
só a vantagem dessa nova época libertadora: acabaram-se os receios melindrosos
dos gays de se candidatarem a empregos, muitas vezes ocultando sua condição
sexual, alguns até fingindo desumanamente, através de gestos manifestados nas
entrevistas de ingresso, sobre sua inclinação.
E
acabaram-se também os constrangimentos dos pais que tinham filhos gays em
confessar a seus parentes e a todos do meio social o que consideravam aviltante
e agora passar a ser uma normalidade aceita pela comunidade inteira.
E
uma ruidosa modificação haverá também no currículo de educação sexual: ele será
pontilhado de instruções de como agir na prática homossexual, já que agora não
será esse tipo de educação monopólio do sexo entre mulher e homem.
E também
muito importante: sabe-se dos danos morais e psíquicos de pessoas que tinham
tendência homossexual e no entanto casavam-se com pessoas do sexo oposto,
obrigados a isso pela opressão social. Quase sempre esses casamentos redundavam
em fracassos totais.
E,
para finalizar, quero lembrar que em algumas colunas que escrevi já manifestei
a opinião de que homossexualismo não era doença e que a natureza brindou as
pessoas com quatro tipos de condição sexual, o hétero-masculino, o
hétero-feminino, o gay-masculino e o gay-feminino. Eu opinei assim no passado,
correndo risco de ser mal interpretado.
Agora
não corro mais risco algum. Naquele tempo, era preciso ter coragem para opinar
como opinei.
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