30
de junho de 2013 | N° 17477
CARTA
DA EDITORA | MARTA GLEICH
COMOFAZ - Um novo
país
Como
será o Brasil pós-manifestações? O que está sendo pedido? O que é possível
atender e como?
Desde
terça-feira, para tentar responder a essas perguntas, Zero Hora vem publicando
a série #COMOFAZ. Inspirada nos cartazes levantados nos protestos, reportagens
em profundidade abordam os temas mais frequentes, ouvindo especialistas.
Já
foram publicados os temas redução das tarifas de transporte público, melhores
escolas, convocação de uma Constituinte, PEC 37, combate à corrupção, saúde de
qualidade, reforma política, melhorias no Interior, Copa do Mundo.
Uma
das missões de um jornal é justamente abrir suas páginas para o debate de
soluções para problemas da comunidade. Neste momento em que o Brasil clama por
mudanças, Zero Hora se propõe, além de cobrir os fatos do dia – as passeatas, a
reação do Executivo e do Legislativo etc. –, a espelhar as reivindicações das
ruas e discutir, com fontes especializadas nos assuntos, como viabilizar as
mudanças.
Nesta
edição, publicamos, à página 12, um resumo da série. Você também encontra a
íntegra das reportagens no site zhora.co/comofaz2706
Você
já espiou a nova ZH TV? Desde o final de semana passado, Zero Hora organizou
seus conteúdos multimídia em um novo canal. Ali, o usuário encontra histórias
do cotidiano, entrevistas, notícias, comentários dos colunistas.
Há
desde vídeos-minuto, com notícias curtas, até webdocumentários, além de uma
programação semanal que inclui Pós-jogo ZH, com Luiz Zini Pires, na
segunda-feira; Papo de Economia, com Bela Hammes, na terça; Conversa de
Elevador, com Tulio Milman, na quarta; No Mundo das Lutas, com Caju Freitas, e
1 Minuto pro Fíndi, com os jornalistas do Segundo Caderno, na quinta; Receita
Gastrô, com Bete Duarte, na sexta, e zh.doc, uma videorreportagem completa com
análise de um dos principais assuntos da semana, no sábado, apresentado pela
editora Marlise Brenol. Confira em www.zerohora.tv.
A
leitora Solange Giacomini enviou um e-mail criticando a forma como utilizei seu
nome e sua pergunta na semana passada. Para os leitores entenderem, baseei a
carta numa pergunta que ela fez ao colunista Tulio Milman (“Alguém deste jornal
poderia me explicar por que o povo pode se manifestar em todas as ruas, só na
Ipiranga que não?”) e na resposta do jornalista, dizendo que não há nada contra
manifestações pacíficas em frente ao jornal, mas que havia informações de
grupos que queriam invadir e incendiar o prédio de Zero Hora, onde trabalham
centenas de pessoas.
A
pedido de Solange, publico aqui sua mensagem: “Por um lado, fico muito feliz de
que um e-mail, com uma simples pergunta, tenha inspirado uma jornalista a
escrever uma carta. Por outro, fico triste ao ver que te apropriaste de um
e-mail particularmente enviado ao Tulio, deturpando-o e manipulando-o (isto é o
que eu considero vandalismo da palavra) para colocar as tuas ideias. Talvez
seja por este tipo de jornalismo que o jornal seja um alvo dos manifestantes. A
forma com que abordaste o assunto faz crer que aprovo vandalismos e o silêncio
da imprensa.
Se,
porém, tivesses lido, ou se ele tivesse te mostrado minha resposta ao e-mail
dele, verias que sou totalmente contra qualquer tipo de vandalismo ou violência
contra ninguém e, neste ninguém, inclui-se a imprensa, pois vocês não são
diferentes e somos todos iguais. A pergunta foi simples e não citava nem jornalistas
nem a RBS. Lamentável que tenhas tomado para si o que era público, já que na
Avenida Ipiranga existem milhares de pessoas além dos funcionários da RBS.”
Durante
a semana, eu e Solange trocamos vários e-mails. Respeito sua visão. De forma
alguma quis me apropriar de uma correspondência particular. Como diretora de
Redação, não podia deixar de assumir a responsabilidade de responder, a ela e a
outros leitores, à pergunta “alguém deste jornal poderia me explicar...”. Por
isso resolvi transformar a questão em esclarecimento público. Mais uma vez
quero agradecer a Solange pelo debate construtivo que tivemos durante a semana
e pela oportunidade de apresentá-lo aos nossos leitores.
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