sábado, 29 de junho de 2013


29 de junho de 2013 | N° 17476
PAULO SANT’ANA

O novo restaurante

O sofrimento virou meu modo de viver. Piada colhida na internet: “Se a ‘cura gay’ depender do SUS, o povo vai morrer veado”. Pergunto aos leitores de Zero Hora: não notaram que o jornal melhorou de 45 dias para cá? Eu notei essa visível melhora nos textos, na diagramação das páginas, nos títulos.

Tentei vasculhar as causas dessa melhora. E, como faz exatamente 45 dias que foi inaugurado o novo restaurante da RBS, só posso atribuir a isso a melhor qualidade de ZH no último mês e meio.

Nosso novo restaurante é amplo, um ambiente arejado e limpíssimo, dotado de mobiliário moderno, os diretores se misturam aos funcionários nas mesas, o cardápio sofreu modificações para melhor, maior variedade nos pratos, tudo isso servido aos funcionários ao preço em redor dos R$ 2, imaginem que barbada.

Um funcionário de ZH procurou o também novo presidente da RBS, Eduardo Melzer, e solicitou-lhe o seguinte: “Presidente, se por acaso um dia o senhor me demitir de ZH, permita que eu continue a fazer minhas refeições no novo restaurante. Ah, ia me esquecendo: demita-me, mas mantenha também o meu seguro-saúde pago pela empresa. Serei o desempregado mais feliz e amparado do mundo”.

O presidente sorriu com a brincadeira.

Além de tudo isso, é de se ressaltar a gentileza extrema dos funcionários do restaurante, que assistem os convivas em todos os seus passos de escolhas de pratos, sucos e sobremesas, uma festa a cada almoço ou janta que se desfruta, visivelmente os servidores do novo restaurante foram treinados para serem gentis.

Reconheçamos que a RBS, assim, presta relevante serviço social e trabalhista. Dá gosto trabalhar numa empresa como esta. E são cerca de 1,5 mil funcionários da RBS que desfrutam dessa mordomia.

Além disso, é inteligente a medida da direção da RBS: sem dúvida que, assim tratados, os funcionários produzem mais e melhor em suas tarefas.


Descobri um fato extraordinário a respeito disso que estou falando: é que encontrei esses dias no novo restaurante o Adroaldo Guerra Filho. E perguntei a ele se não estava de férias. Ele disse que sim, mas que vinha durante todos os dias de férias fazer as refeições no novo restaurante da empresa. E disparou: “Só porque estou de férias, não quer dizer que deixei de ser funcionário. Não vou perder uma barbada dessas”. Outra coisa: os que estão em férias acham que comem melhor, nas férias, no nosso restaurante. Que coisa, hein seu Nelson Sirotsky? Viu o que o senhor arrumou para nós?

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