07
de julho de 2012 | N° 17123
PAULO
SANT’ANA
A fila do
restaurante
Por
que será que quando a gente vai a um restaurante que tem fila para entrar, a
comida fica muito mais saborosa? E já repararam que quanto mais demorada for a
fila mais saborosa fica a comida?
Interessante:
contrário senso, se a gente entrar num restaurante que não tem fila, a gente se
senta a uma mesa, há somente outras três mesas ocupadas, isto é, restaurante
quase vazio, a comida se torna intragável.
Por
que será este mistério?
Eu
só vou a restaurante que tem fila, não quero nem saber do cardápio se não
houver fila.
Acho
uma idiotice qualquer pessoa dizer: “Nunca mais venho a este restaurante,
sempre tem fila. Se continuar assim com estas filas, este restaurante vai em
seguida à falência”.
Restaurante
que se preze tem de preencher apenas dois requisitos: tem de ter boa comida e
tem de ter fila.
Por
outro lado, não há nada pior que frequentar motel no inverno.
Se
já é incômodo ficar nu com o frio do inverno, depois que findam os atos
amorosos, ter de tomar banho e vestir-se, com o frio rigoroso a acicatar o
corpo, é um calvário.
Que
só fica pior quando o casal entra no carro e o homem pergunta à mulher onde
fica sua casa, quer levá-la até lá, e ela responde que mora em Viamão. Nesta
hora, para qualquer motorista, o suicídio é um dever, eis que já são três e
meia da manhã.
Tudo
bem, o amor é lindo, mas no inverno ter de levar a mulher desfrutada até
Sapucaia ou Esteio é sentir-se, como Daniel no Antigo Testamento, na cova dos
leões.
E a
única vantagem que têm os maridos em fazer sexo com as próprias esposas é de
que não precisam depois do amor levá-las em casa.
A
minha melhor frase no Sala de Redação, nos últimos tempos, depois que tive uma
briga seriíssima nos debates, foi esta: “Senhores ouvintes, aqui no Sala de
Redação as brigas são de verdade e as reconciliações são todas fingidas”.
Como
sou delegado de polícia aposentado, do que muito me orgulho, pois a profissão
de policial, quando bem conduzida, é de utilidade social e humana destacada,
nunca me sai da cabeça uma história que era corrente entre as pessoas de
esquerda.
Um
detido estava sendo interrogado no famoso Departamento de Ordem Política e
Social (Dops).
O
delegado perguntou ao preso da razão por que era comunista. O preso respondeu
que era comunista porque sua mãe sempre foi comunista.
E o
delegado resolveu ser sarcástico: “Mas se sua mãe fosse prostituta, o que você
então seria?”
E o
preso: “Então eu seria delegado do Dops”.
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