sexta-feira, 27 de setembro de 2013


27 de setembro de 2013 | N° 17566
ARTIGOS - Wilma Resende Araujo Santos*

Carta ao voluntário

O voluntário é um doador de tempo, de conhecimento, de história de vida.

É levado por compaixão, por solidariedade ou por indignação. Por qualquer dessas razões, ele transforma impulso em compromisso e provoca uma revolução nas atitudes individuais. Se for por compaixão, procura dar atendimento a creches, asilos e hospitais, levando conforto. Por solidariedade, se junta a grupos e desenvolve um trabalho de mutirão. Por indignação, é quando as angústias se acumulam ao perceber a insuficiência dos poderes constituídos, a fragilidade da área da saúde, as más condições do ensino, a exposição de tantas iniquidades sociais.

E, então, a sociedade passa a ser chamada, como coadjuvante na solução dos problemas. As empresas que se sentiam de missão cumprida ao praticar a filantropia fazendo generosas doações assistenciais se veem obrigadas a repensar seu papel na participação da Responsabilidade Social. Com nova postura, planejada e monitorada, dispõem seus recursos privados para fins públicos.

O cidadão, por sua vez, se impõe desafios na busca de uma sociedade mais justa. Qual a melhor maneira, senão se tornar um agente de transformação de quem será o protagonista do futuro?

Atendendo a uma vontade sincera de deixar um legado, se buscam serviços organizados, estruturados com métodos eficientes, metas específicas, tarefas definidas. É o voluntariado planejado que observa a “Lei do Serviço de Voluntários”. E aquela sua antiga indignação passa a ser reação para se transformar em ação.

O voluntariado passou a ser ferramenta fundamental ao dar vida às mais nobres aspirações da humanidade.

O voluntariado corporativo expressa a relevância do que a empresa permite que ele faça, tornando possível a realização de interesses públicos e se tornando também um estímulo profissional, gerador de energia em benefício da própria empresa.

As entidades que trabalham com voluntários estão empenhadas em otimizar a eficiência dos processos.

Você, que nunca viveu a experiência de ser voluntário, faça-o, tornando-se voluntário da educação.

Prepare-se para ser um agente de transformação.

É bonita essa tarefa de mostrar ao jovem a importância de estudar. De lhe dar segurança para investir em sua própria vida, descobrindo seus sonhos, seu potencial e os desafios a serem encarados para a construção do seu futuro.

Reforce seus valores. Mostre que a honestidade rende dividendos, que podemos criar riquezas respeitando o próximo e atuando com ética.

Você vai perceber que o jovem está ouvindo com uma premente necessidade de acreditar.

Seu coração vai se aquecendo, porque você está contribuindo para construir o Brasil de amanhã, para construir um modelo de futuro, capaz de conciliar estabilidade econômica com a redução das mazelas sociais e o cuidado maior com o planeta.

Estaremos cumprindo nosso dever de cidadãos!


*DIRETORA SUPERINTENDENTE DA JUNIOR ACHIEVEMENT BRASIL

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