Jaime
ciimenti
Viva a democrática, livre e rebelde
barba!
Perdoem-me
os imberbes, barbeados e escanhoados, mas barba é fundamental, é moda, ou, como
se diz hoje, “tendência”. Há milênios barbas entram e saem da moda.
Aristocratas, ricos, pobres, anônimos e famosos, letrados e iletrados, todos
podem usar os democráticos pêlos.
A
barba é pop e nobre. Fidel Castro disse que, economizando os dez ou quinze
minutos diários para fazer barba, em 60 ou 70 anos o cara ganha um tempão e
gasta menos com lâminas e com espuma. Pode ser, mas melhor não economizar na
água e no shampoo.
Brad
Pitt, Bradley Cooper, George Clooney, David Beckham e Gerard Piquê estão aí,
desde a festa do Oscar, dentro do lema: faça amor, não faça a barba. Os
brasileiros Thiago Lacerda e Caio Castro estão dentro da tendência. Uns dizem
que barba é desleixo, rebeldia, tipo Che Guevara ou Karl Marx. Outros lembram
dos intelectuais gregos, dos romanos,
dos ricos e nobres e associam os pêlos no rosto a poder, masculinidade etc.
Hoje em dia, a moçada que usa barba parece
ligada em masculinidade, virilidade, cara de homem, por aí. Quando o sujeito
fica mais velho, aí a barba bota aqueles dez anos a mais no rosto e aí muitos
barbeiam-se todo dia. Em vez de ficarem com cara de velho barbudo, alguns ficam
com cara de velha escanhoada, mas isso é outra história. Bigodes estão um pouco
out, assim como os negócios a fio de bigode, mas, dependendo do feitio do rosto
e do estilo, por que não? Cavanhaque lembra mágico e “meio-termo”, mas dá uma
afinada nos rostos redondinhos. Usar barba e ser barbudo não é o mesmo.
Usar
produtos de beleza, aparar e cuidar do visual da barba é um carinho para elas.
Pensando bem, os imberbes e escanhoados nem precisam me perdoar. Barba é
liberdade, democracia, rebeldia, nobreza e o que você quiser. Quem não sabe que
hoje em dia o negócio não é andar na moda mas ser a moda, ser você mesmo, com
ou sem barba, com cara de velho ou guri. Agora, o fim do ano está chegando e
vamos combinar: Papai Noel sem barba é meio complicado, não?
Mesmo
com aquele barbão todo ficam falando umas coisas do velhinho, imagina sem. Deixa
ele assim. E vamos nós todos, seguindo pela vida, com cautela e canja de
galinha, com as barbas de molho, como se dizia nos tempos do barbão simpático
do Dom Pedro II. A barba aparadinha e recortadinha do Dr. Freud, que parece um
advogado de filme do sueco Ingmar Bergman, essa deixo que ele mesmo explique.
Ele gosta de explicar.
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