16
de setembro de 2013 | N° 17555
PAULO
SANT’ANA
Supremo encrencado
O
Supremo Tribunal Federal se prepara, esta semana, para aceitar os embargos
infringentes dos réus do mensalão e com isso sujar a história brasileira de
injustiça judiciária jamais vista em nosso país.
O
ministro Marco Aurélio Mello declarou na semana passada que o povo brasileiro
irá se revoltar contra a decisão que o Supremo ameaça tomar. E declarou que
acha justa essa revolta contra o Tribunal que ele integra.
Será
uma vergonha. Dizem alguns raros que apoiarão essa decisão espúria do STF,
entre eles o companheiro Cláudio Brito, que um dos princípios que baseiam essa
decisão absurda e revoltante que o Supremo irá tomar é que em todas as instâncias
sempre há recurso contra condenações, por que não haveria no Supremo?
Ora,
é simples a resposta: porque o Supremo é a última instância. E não pode haver
outra instância além da última, ora bolas! E assim, aceitando os embargos
infringentes contra decisão sua, o Supremo se transforma quase que numa
primeira instância.
Isso
é uma barbaridade. Não estou entendendo alguns comentaristas esportivos: eles
afirmam que a maior parte das dificuldades que o time colorado está enfrentando
neste Brasileirão para tentar chegar ao título reside no fato de que não pode
jogar no Beira-Rio pelo Brasileirão.
E
então joga em Novo Hamburgo e Caxias. No entanto, o Internacional jogou no
Beira-Rio nos últimos 33 anos, repito 33 anos, e não conseguiu nunca ser campeão
brasileiro. Dou barrigadas de riso diante dessas análises.
Ontem,
colocaram na Rádio Gaúcha uma gravação antiga de Ronaldinho Gaúcho declarando,
após abandonar o Grêmio, que jogaria no clube tricolor gaúcho até de graça,
tanto gosta do Mosqueteiro.
Isto
é uma safadeza dele. Teve oportunidade de jogar no Grêmio ganhando ótimo salário
e abandonou o clube, industriado por seu irmão Assis, deixando o Grêmio sem
ganhar um tostão sequer com sua transferência.
Depois,
quando voltou ao Brasil, já milionário, teve outra oportunidade de retornar ao
clube ganhando salário milionário e preferiu salário teoricamente maior no
Flamengo.
E
eu, assim, sou obrigado a ouvir uma declaração mentirosa dessas dada pelo
jogador. Não tem volta. Enquanto Ronaldinho existir, se ele voltar a viver no
Rio Grande do Sul, vai receber por onde for, nas ruas gaúchas, o desprezo e o
nojo dos gremistas.
Aqui
se faz e aqui se há de pagar.
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