23 de setembro de 2013 |
N° 17562
PAULO SANT’ANA
Que pena, Grêmio!
Nos últimos tempos, nunca vi um
time jogar um futebol tão acadêmico como a Portuguesa do segundo tempo contra o
Inter, ontem.
É verdade que o Internacional
teve um jogador expulso no início da segunda etapa. Ainda assim, a Portuguesa
encantou todos que viram o jogo. Sensacional!
O que espanta é que a Portuguesa
não estava em São Paulo, estava aqui em Novo Hamburgo, sem contar sequer com um
torcedor. Mas a Portuguesa foi brava e técnica. Mereceu a vitória, mereceu a
primeira vitória fora de casa neste campeonato. E logo contra o Inter. Andam
azarados mesmo os colorados!
Duas derrotas consecutivas do
Internacional, logo contra os modestos Bahia e Portuguesa. Contra o Bahia ainda
se entendeu que o Inter tivesse perdido, afinal o D’Alessandro, que é meio
time, não jogou.
Mas agora o Inter perdeu para a
Portuguesa com o D’Alessandro jogando os 90 minutos.
É de lamentar.
E Dunga agora balança seriamente.
Porque o Internacional contratou um plantel milionário para disputar este
campeonato.
Ferve o caldeirão colorado!
Já flagrei a lembrança que,
jogando no Beira-Rio, o Internacional não foi campeão brasileiro durante 33
anos. No entanto, a gente assiste com desolação que o Internacional mostra um
certo desajeito em atuar como mandante em Caxias e Novo Hamburgo. E ainda tem
pela frente nos dois próximos jogos o Cruzeiro e o Atlético Paranaense. Que
fardo!
É muito desconsolador perder dois
pontos num jogo em razão de um erro de arbitragem como o Grêmio os perdeu no
empate contra o Vitória.
Kléber não estava impedido no
lance do gol anulado do Grêmio. Aquele bandeirinha tinha de suicidar-se depois
de rever o lance pela televisão.
Perder dois pontos na laje, no
campo de jogo, sujeito às trovoadas de uma disputa, tudo bem. Mas perder por
erro primário de um bandeirinha, cujo erro foi acolhido pelo juiz, é
desanimador.
Como é que perdendo dois pontos
de certa forma vamos ter coragem de cobrar do Renato que ele não botou o Vargas
em campo a tempo, só o colocou faltando cinco minutos para terminar a partida,
isso é simplesmente irritante. Isso não se faz, Renato, isso é zombar da
inteligência.
Agora o Grêmio flutua
perigosamente na zona do precipício, isto é, o território em que a qualquer
momento pode ter de deixar o G-4, sem deixar de lembrar que o Cruzeiro
distanciou-se demais na liderança, parecendo um bólido em demanda do infinito.
Ainda bem que outros resultados
favoreceram o Grêmio.
Mas o que dói, o que punge e o
que devora é que, se o árbitro não tivesse anulado o gol legítimo do Grêmio, nós,
gremistas, estaríamos às portas do céu nesta segunda-feira, mantendo-nos
sólidos no rumo da disputa da Libertadores de 2014.
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