quinta-feira, 9 de maio de 2013


Como a Arcor quer balançar o império do Sonho de Valsa

Com investimento milionário no chocolate Bon o Bon, empresa quer fatia no mercado de bombons avulsos, responsável por movimentar R$ 500 milhões no Brasil
Marcela Ayres

Embalagens de Bon o Bon, aposta da Arcor para o mercado de bombons avulsos 


Bon o Bon, aposta da Arcor para o mercado de bombons avulsos: chocolate será vendido a um preço sugerido de R$ 0,70 a unidade anterior das Embalagens de Bon o Bon, aposta da Arcor para o mercado de bombons avulsos Segundo Oswaldo Nardinelli, diretor geral da Arcor

São Paulo - Líder de mercado na Argentina e no Chile, o bombom Bon o Bon chegou no mercado brasileiro com a missão de bater uma meta audaciosa da Arcor. Em doze meses, a fabricante de balas e guloseimas quer que o chocolate abocanhe de 7% a 9% do concentrado mercado de bombons avulsos no país.

Não é difícil entender o porquê. Com presença acachapante na boca de muitos caixas e vendinhas, os bombons movimentam cerca de 500 milhões de reais no Brasil. Embora sua representatividade não seja grande (9% da venda de chocolates), especialistas no setor apontam seu potencial: no ano passado, o avanço do segmento foi quase duas vezes superior aos 2,9% entregues pelo mercado de chocolates em geral, conforme dados da Nielsen.

Segundo Oswaldo Nardinelli, diretor geral da Arcor, são duas as razões que explicam o entusiasmo. Em primeiro lugar, há o baixo consumo de chocolate pelo brasileiro, apesar de o país ser o terceiro maior produtor mundial da guloseima. Na média, cada habitante come 2,2 quilos de chocolate por ano. Nos Estados Unidos, o número é de 4,4 quilos e na Argentina, 2,9 quilos.

A isso se soma a popularidade do bombom avulso, uma preferência "latino-americana", nas palavras do executivo. "Como as caixas de bombons estão presentes em muitos lares, os consumidores acabaram se acostumando ao consumo individual", diz Nardinelli. "Na Europa, o consumo é muito mais em tabletes e barrinhas."

Ameaça ao reinado?

Para emplacar o Bon o Bon, a Arcor terá que enfrentar uma duríssima concorrência. Sozinha, a Lacta domina quase dois terços desse mercado. Controlada pela multinacional Mondelez, a empresa é dona das marcas Sonho de Valsa (41% de participação) e Ouro Branco (21%). O bombom Serenata de Amor, da Garoto/Nestlé, é outro velho conhecido dos brasileiros.

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