sábado, 18 de maio de 2013



18 de maio de 2013 | N° 17436
DAVID COIMBRA

O Grêmio terá de se reunificar

Koff não tem mais a mesma energia. Falta um vice de futebol ativo como era o Cacalo. Luxemburgo deixou de ser um técnico vencedor há uma década. Barcos é um individualista que não marca gols. Elano cansa no primeiro tempo. Zé Roberto pode ser armador, mas não meia-atacante.

A defesa não suporta pressão. O clube está dividido politicamente. Ninguém sabe se a sede é a Arena ou o Olímpico. Kleber e Welliton são reservas caros e inoperantes.

Tudo isso pode ser verdade.

Ou não.

O rótulo, no futebol, vem com o resultado. Se o Grêmio estivesse vencendo, Koff seria chamado de o dirigente mais experiente do Brasil, Luxemburgo de o técnico mais vencedor, Zé Roberto e Elano de craques, assim por diante.

No momento do fracasso, a pior reação é a caça de culpados. A melhor é a busca de soluções. O Grêmio, agora, tem de se recolher, tem de refletir e, sobretudo, tem de ter paciência para entender o que se passa com ele próprio, na sua alma e nas suas entranhas. É preciso mudar? Decerto que sim. Mas onde? Como? Em que profundidade? Perguntas difíceis, mas que só serão respondidas se houver serenidade.

Se é verdade que mar calmo nunca fez bom marinheiro, também é verdade que o bom timoneiro mantém a calma na hora da tempestade.

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