09
de março de 2013 | N° 17366
CAPA
ZH
O que o olhos não veem, o corpo
sente
Diferentemente
da intolerância à lactose, que é mais fácil de identificar pela presença de
leite nos alimentos, o glúten é invisível. O arroz branco, por exemplo, não
contém a proteína. Contudo, se a pessoa que prepara decidir temperá-lo com o
acréscimo de um tablete de caldo industrializado, a chance de apresentar glúten
é enorme, pois grande parte desses produtos contém tal proteína. Esse é um
desafio de muitas pessoas que têm a doença.
Presidente
da Associação dos Celíacos do Brasil (Acelbra-RS ), Ana Paula Carneiro Monteiro
diz que falta atenção aos intolerantes, tanto nas opções de restaurantes, na
venda dos produtos e na compreensão das pessoas em relação à doença.
Segundo
ela, a legislação obriga os fabricantes de alimentos a informarem na embalagem
se o produto contém glúten ou não. Mas, em relação ao leite, não há nenhum tipo
de regulamentação. Outra questão que costuma pegar muitas pessoas com
intolerância desprevenidas são os remédios contendo lactose.
– É
um direito do consumidor receber informações sobre medicamentos – afirma.
Para
evitar problemas, sempre que vai jantar fora, Ana Paula telefona para o
restaurante para se assegurar de que haverá opções para celíacos. Outra
situação que requer cuidados básicos são os hotéis. Quando viaja, ela manda
e-mail para garantir o café da manhã.
Os
riscos de uma intoxicação estão em todo o lugar. Católica praticante, Ana Paula
enfrenta problemas até na missa, já que a hóstia leva trigo. Na hora da Santa
Ceia, ela se limita ao vinho.
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