14 de março de 2013 | N°
17371
PAULO SANT’ANA
Argentino ou colorado
Na coluna de anteontem, brinquei
que só não queria que o novo papa fosse argentino ou colorado.
Pois não é que o papa saiu
argentino...
Mas estou alegre, porque o Papa
adotou o meu nome, Francisco. Admira-me que seja o primeiro papa que se chama
Francisco, nome de um grandioso santo, São Francisco de Assis.
Com tantos papas italianos,
nenhum adotou o nome do Pobrezinho de Assis, isso é espantoso.
Mas não foi só esse meu “azar” na
semana, o papa ser argentino.
Meu pior azar na semana foi a
derrota lamentável do Grêmio em Caracas.
Fiquei e estou arrasado com essa
derrota.
É que, com a vinda de Barcos,
supus que o Grêmio deveria ser campeão da Libertadores. Pois se viu em Caracas,
anteontem, que não temos time para sermos campeões.
Nossa defesa é furada, Cris é
comprometedor e Pará é inconfiável.
Grêmio com time irrazoável e papa
argentino é dose dupla nesta semana quase trágica.
Quem não gosta de futebol, ainda
assim vai gostar desta notícia espetacular, histórica, nunca antes verificada
no mundo, o maior erro de um juiz que se tem notícia.
O Caracas solicitou ao árbitro
antes do jogo contra o Grêmio que ele procedesse a um minuto de silêncio em
memória do ex-presidente Hugo Chávez.
Ora, Hugo Chávez está e estava
sendo velado em Caracas, de onde com mão forte governou a Venezuela por vários
anos.
Como pode o árbitro ter se
negado, por recomendação da Conmebol, a proceder ao minuto de silêncio?
Pois se negou.
Um minuto de silêncio solicitado
ao juiz, seja em memória de um engraxate ou até de Adolf Hitler, tem de ser
imediatamente concedido.
Foi um ato arbitrário e violento.
Este juiz e a Conmebol restaram
por isso malditos.
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