15
de março de 2013 | N° 17372
ARTIGOS
- Gustavo Schifino*
Respeito ao
consumidor
Se
você escrever “Eu amo a Apple” em sua barra de pesquisa, receberá cerca de 3,5
milhões de resultados. Caso a declaração de amor seja dirigida a outras marcas
que investem bilhões de dólares em publicidade a cada ano, como é o caso de
Citibank, AT&T Wireless e ExxonMobil, o retorno não será tão significativo
ou estimulante como contabiliza a Apple. É uma daquelas situações em que
dinheiro, decididamente, não compra amor, menos ainda um “like” ou a fidelidade
do consumidor. E esta sexta-feira é o Dia do Consumidor, que, com as redes
sociais, conquistou mais voz e força.
O
consumidor se desfez da posição de quietude no pós-compra e adotou um
posicionamento definitivo, deixando claro quando gosta, ou não, de um produto
ou mesmo de um atendimento. A expansão do uso de plataformas móveis de
comunicação, como celulares e smartphones, modificou a forma como as empresas
se relacionam com os clientes. Se antes a mensagem era transmitida como uma via
de mão única, agora o atendimento precisa se concentrar em ouvir os
consumidores. Este posicionamento transforma o varejo – e quem adota boas
práticas, investe em qualificação da equipe e possui transparência ganha
destaque.
Comparar
preços e expressar sua opinião dá força ao consumidor e é um estímulo para que
as lojas tenham cada vez mais qualidade e dedicação no atendimento direto,
fator decisivo na fidelização de um cliente. Todos querem ser bem atendidos e
buscam espaços que tenham a ver com o próprio estilo de vida.
Nessa
relação, as práticas sustentáveis também são fundamentais. A população está
cada vez mais bem informada e se preocupa com o ambiente. Métodos que causam
menor impacto são temas importantes para o consumidor contemporâneo e carimbam
a relação entre loja e cliente com o selo de atitude correta.
Nota
fiscal, cumprimento de prazos, controle de validade, selos de certificação, boa
qualidade e bom atendimento são itens pelos quais todos nós, consumidores,
pagamos. Ao menos, quando não recorremos a falsificações, informalidade, aos
produtos de origem desconhecida e à pirataria. Para o varejista responsável, é
preciso uma troca com um consumidor responsável, que estimula e prestigia o
comércio e a indústria legais.
Assim,
no mês em que comemoramos o dia daquele que sustenta o nosso desenvolvimento,
parabenizamos e agradecemos a força que ele imprimiu a sua voz e reforçamos que
o respeito é a base das relações.
*EMPRESÁRIO,
PRESIDENTE DA CDL PORTO ALEGRE
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