13 de março de 2013 | N°
17370
GRÊMIO
Deu tudo errado
Permite virada do Caracas e volta
da Venezuela sem classificação encaminhada na Libertadores. Pior: começa a
fazer contas
Com um segundo tempo
irreconhecível, repleto de erros de passes e fartura de espaços no meio-campo
para o Caracas jogar, o Grêmio dificultou a sua vida no Grupo 8 da
Libertadores.
Perdeu por 2 a 1, de virada, na
Venezuela. Agora, o jogo contra o Fluminense, na Arena, dia 10 de abril, se
transformou em decisão. E das mais tensas e dramáticas, já que o Flu segue
líder e o Caracas encostou.
O curioso é que o Grêmio deixou
de encaminhar o primeiro lugar no grupo do jeito que imaginava conquistá-lo.
Com o gramado esburacado do Estádio da Universidade Central de Venezuela (UCV),
a ideia era fazer gols apostando em rebotes e chutes de fora da área. Pois o
Grêmio é que levou gol assim, perdendo uma partida na qual poderia ter vencido
antes do intervalo.
O Caracas mudou em relação ao 4 a
1 da Arena. Trocou um lateral-direito defensivo, Quijada, por um ofensivo,
Amaral. Abriu mão do meia Jesús Meza em nome do atacante Farías. Naturalmente
ameaçou mais, empurrado pela escalação. Era vida ou morte para os lanternas do
Grupo 8.
Logo no primeiro minuto, um
susto. Balão para a área, a zaga rebate com defeito e o pernalta habilidoso
Peña pega o rebote. Dida se estica e faz boa defesa no seu canto esquerdo.
Pressão, caldeirão, fumaceira? Nada disso, ao menos por enquanto.
O Grêmio foi se adonando da
partida com serenidade, ora trocando passes, ora buscando o lançamento em
profundidade para Barcos e Vargas, quando o gramado esburacado impedia algo
melhor. O argentino, novamente recuando e achando espaço atrás do volantes,
comandava o Grêmio.
Ele poderia ter aberto o placar
já aos 7 minutos, ao girar sobre o zagueiro. Em seguida, aos 17, o gol. André
Santos cruza com precisão milimétrica para Elano (que levou o terceiro cartão
amarelo e não enfrentará o Fluminense) concluir de cabeça: 1 a 0.
Parecia que o Grêmio ia matar o
jogo, mas faltou o instinto de liquidar o adversário. O Caracas só conseguia
algo quando Otero tentava entrar a drible.
Ou quando Amaral avançava às
costas de André Santos. Então, a chance para o azar, quando nem a torcida
venezuelana acreditava mais, quieta que estava no estádio. Aos 46, no último
lance do primeiro tempo, Peña repete o primeiro, a 1 minuto: chute rasteiro,
desta vez no canto direito de Dida. Indefensável: 1 a 1.
O segundo tempo do Grêmio é para
esquecer. Desatenção, erros de passes a valer e marcação frouxa. O Caracas
agradeceu o presente e foi para cima. O segundo gol, aos 21, parecia futsal:
bola de pé em pé até Cure cruzar rasteiro da esquerda e achar Farías dentro da
pequena área. Luxemburgo operou mudanças radicais.
Tirou Fernando e colocou
Welliton, armando o time em um 4-3-3. Elano, cansado e deixando o volante Guerra
livre, deu lugar a Marco Antonio. Por fim, um Vargas apagado (errou um passe
que deixaria Barcos na cara do gol) saiu de cena em nome de Willian José. O
Grêmio foi à frente, mas sem muita organização.
Agora, a vitória sobre o
Fluminense passa a ser mais do que desejada. E o bom seria que Caracas e
Huachipato empatassem. Aí, o Grêmio, com 9 pontos, chegaria à última rodada,
contra os chilenos (5, nessa situação hipotética), com a certeza de que apenas
um time poderia terminar a sua frente – pois Fluminense (que teria os mesmos 7
pontos de hoje) e Caracas (também com 7) se enfrentam.
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