quinta-feira, 4 de outubro de 2012



04 de outubro de 2012 | N° 17212
ARTIGO DO LEITOR

Focar nas soluções

A remoção de uma árvore da Gonçalo de Carvalho reacendeu preocupações de moradores e amigos da rua. Afinal, se essa estava já comprometida e foram todas plantadas na mesma época, o que acontecerá com as outras que estão também velhas?

Solicitamos uma reunião com a Smam para saber qual o plano de ação do poder público municipal para a Gonçalo de Carvalho e outras vias. Durante a visita à rua, no entanto, surgiram muitas outras questões, o que nos faz pensar na precariedade e na falta de ações para alavancar o turismo.

Por que o ônibus de turismo, por exemplo, não passa pela Gonçalo? Sugerimos isso, mas não fomos ouvidos. O porte do ônibus é problema? Qual é, então, a solução? Nenhuma cidade com patrimônio ambiental semelhante não se orgulharia e deixaria de promover as árvores e seus “túneis verdes”. Diariamente, vejo as pessoas, daqui ou de fora, posando para fotos, sem nada que os informe sobre a Gonçalo de Carvalho. Será que não há nada que possamos aprender com outros países ou cidades para aproveitarmos esse potencial?

Imaginem como seriam essas ruas livres dos fios e cabos aéreos, tal como se vê pelo mundo ou mesmo aqui no Brasil. Em São Paulo, foram enterrados todos os fios na região dos Jardins. Só vendo para perceber a sujeira aérea à qual nos acostumamos. É uma ação difícil? Problemática? Mais cara? Temos outros problemas mais urgentes?

Sim, certamente, mas vamos focar nas soluções. As melhores nunca são as mais fáceis e as menos onerosas. Antes de levantarmos questões orçamentárias e logísticas, que existem, é claro, é preciso atitude. Querer fazer melhor é o primeiro passo.

MARCELO RUAS | EX-PRESIDENTE DA AMABI E ARQUITETO

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