18 de outubro de 2012 |
N° 17226
PAULO SANT’ANA
Eu é que entendo de goleiro
Meus amigos, peço que não
discutam mais futebol comigo. Quando eu disser que um jogador não joga nada, é
porque ele não joga nada.
Quando eu disser que um goleiro é
frangueiro, baixem a cabeça e silenciem. Não me contestem, quem entende de
goleiro sou eu. Eu não sei mais futebol do que os outros por ser mais
inteligente do que eles, eu sei mais futebol do que os outros todos porque sou
mais velho do que eles, tenho mais experiência.
E de goleiro eu entendo. Peço que
não discutam mais goleiro comigo porque eu sou soberano nesse aspecto.
O mensalão foi coisa de R$ 500
milhões. Ocorre, no entanto, que paralelamente ao mensalão correm um processo e
uma CPI contra Carlos Cachoeira. E um deputado que é membro da CPI declarou
anteontem que os negócios ilícitos que rondam as atividades em torno de
Cachoeira andam no montante de R$ 82 bilhões.
É muito dinheiro. Por isso Carlos
Cachoeira tinha até a seu serviço o ex-senador Demóstenes Torres, cassado
depois de deixar o DEM.
Já a Justiça recusou vários
habeas corpus que visavam a libertar Cachoeira.
E a empreiteira que estava por
trás de Carlos Cachoeira é a Delta, uma das mais bem aquinhoadas com verbas do
governo.
É muito dinheiro público
empregado em corrupção. É um oceano de dinheiro e um mar de corrupção.
A gente vive intensamente sob
pressão. Atualmente estou sofrendo duas cargas de pressão muito grandes.
Em primeiro lugar, é o número
infindável de leitores que me pedem, me imploram para que eu pare de fumar.
E eu não tenho forças para
atendê-los. Podem até dizer, que eu não fico brabo: não tenho coragem para
atendê-los e deixar de fumar. Sou um covarde, bem sei.
A segunda grande carga de pressão
que tenho sofrido é de muitos que me pedem para optar publicamente por
candidaturas à presidência do Grêmio.
Os solicitantes dizem que, se eu
optar publicamente nesta coluna por uma candidatura, ela será a vencedora. Eu
sei disso, talvez seja por isso até que eu não opto, achando que não seria
justo e se tornaria altamente desequilibrador que eu me tornasse cabo eleitoral
de um dos candidatos: a campanha perderia a alteridade.
Há adeptos de uma candidatura que
se constituem em 70% dos que me fazem esse apelo. Portanto, os partidários da
outra candidatura se constituem em 30%.
Quero crer que os 70% são os que
estão desesperados, achando que vão perder a eleição.
Que posso fazer? Gostaria de
meter meu bedelho, mas não posso.
Seja Odone o eleito, seja Koff, o
que eu imploraria a ele é que faça o Grêmio voltar aos títulos nos campeonatos.
Que o eleito torne imediatamente
o Grêmio grande como já o foi no passado.
A torcida já não suporta mais a
ausência de títulos. Já não dá mais para aguentar.
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