22
de outubro de 2012 | N° 17230OPINIÃO DO DAVID |
DAVID
COIMBRA
As vitórias do passado e as dúvidas
do presente
O
passado vencedor de Fábio Koff, a taça levantada, a bola na rede, a faixa no
peito, o gol, o futebol, enfim, foi o que decidiu a eleição do Grêmio. Sobretudo
porque, na véspera, o time de Paulo Odone fracassou exatamente aí – no futebol.
Odone
pode até ter feito, e fez, uma boa gestão nos âmbitos administrativo,
financeiro e patrimonial, mas, quando seu time empatou em 0 a 0 com o Coritiba,
o terceiro empate frustrante no Olímpico em duas semanas, a torcida gritou o
velho brado dos golpistas de 31 de março: “Chega! Basta! Fora!”
Então,
é essa a mensagem que pulsa na vitória de Koff, e é esse o compromisso que ele
assumirá no ano que vem: o de ser competente e vitorioso no futebol. Isso Koff
sabia fazer. Ainda saberá? Koff é um homem de 81 anos. Terá energia para tocar
um clube complexo como o Grêmio?
E a
natureza da sua vitória, não terá sido uma vitória de ressentimentos,
impedindo, assim, a união do clube? E o time, agora, no campo, sofrerá algum
impacto com a derrota da situação? Por fim, o maior trunfo futebolístico de
Odone, o seu consagrado técnico Vanderlei Luxemburgo, ele será mantido? Ou se
bandeará para o Beira-Rio?
São
muitas as perguntas que pairam no ar azul do Olímpico depois dessa eleição. A
todas, só uma pessoa pode responder: Fábio André Koff, o homem que venceu
porque, um dia, foi quem garantia a taça levantada, a bola na rede, a faixa no
peito, o gol.
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