22
de outubro de 2012 | N° 17230
ENTREVISTA
- Nizan Guanaes - Publicitário, controlador do Grupo ABC
“A Carminha movimentou a economia
como ninguém”
Empresários
de todos os quadrantes circularam na sexta-feira à noite em Porto Alegre na
festa de lançamento da casa de festas e eventos NTX. Na cerimônia, a coluna
conversou com o publicitário Nizan Guanaes. Confira a seguir os principais
trechos da entrevista.
Zero
Hora – Com o Brasil crescendo apenas 1,5% neste ano, a publicidade é mais
exigida?
Nizan
Guanaes – É claro que agora tem uma foto do Brasil não tão boa, mas o país vive
um momento inacreditável. Estamos no momento certo, no lugar certo. Talvez em
um ano ingrato. No capítulo final de Avenida Brasil, 500 anúncios foram ao ar
durante a novela.
A
Carminha movimentou a economia como ninguém. Então, o que a gente tem de fazer é
aproveitar as extraordinárias oportunidades. Vamos parar de chorar e fazer como
João Emanuel Carneiro (autor da novela), fazer história, mudar a história e
aproveitar o país.
ZH –
Mas e o momento complicado que vivemos?
Nizan
– Tudo bem. Vou dar uma resposta menos emocional e mais cartesiana. Quando
todos os indicadores estão maravilhosos, todo mundo aproveita o crescimento do
Brasil. Quando o ano cai um pouquinho, aqueles que são empreendedores de fato e
conhecem e acreditam no Brasil de fato continuam aproveitando.
Isso
porque aquele sujeito lá de fora pode até ter um certo medo, tem um tremelique
e pode sair. Nós, não, conhecemos o país, vamos ficar aqui porque sabemos que
as coisas vão melhorar.
ZH –
De que forma a publicidade precisa mudar para aproveitar ainda mais os bons
momentos que se aproximam com a Copa do Mundo e os Jogos Olímpicos?
Nizan
– São grandes momentos para a publicidade brasileira, mas são, essencialmente,
momentos estruturantes. O que eu gosto da Copa e da Olimpíada é que elas dão
prazo. Prazo para as coisas ficarem prontas.
O
Carnaval só acontece todos os anos porque tem prazo. Acredito que o Brasil se
destacará: vai ser uma grande Copa e uma grande Olimpíada, feitas do nosso
jeito, como é feito o Carnaval. Copa e Olimpíada no Brasil é como restaurante
chinês: se olhar, compra, mas se olhar o preparo, não.
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