23
de abril de 2013 | N° 17411
DAVID
COIMBRA
Falta
velocidade
O
time do Grêmio não tem velocidade. Esse defeito ficou claro contra o São Luiz.
O time do Grêmio não teve velocidade ontem e não tem nem quando joga seu
velocista, Vargas. Faz a bola rodar lateralmente, sem jamais ser incisivo.
A
lentidão não seria tão ruim, se o time do Grêmio tocasse a bola como um
Barcelona, por exemplo, e que o Senhor, em toda a Sua divina complacência, me
perdoe a comparação.
O
Barcelona prescinde da velocidade, mas seus jogadores têm técnica apurada,
fazem com que a bola evolua de pé em pé sem erro, avançando devagar para, de
repente, Messi se infiltrar na área e concluir.
Não
tendo tal qualidade de passe, nem um Messi na frente, sobraria ao time do
Grêmio jogar com tal força, que, marcando por pressão, sufocasse o adversário.
Ou então que tivesse tamanho entrosamento que as jogadas seriam suficientes
para arrancar a vitória de um inimigo fechado, como foi o São Luiz. Não
dispondo de nada disso, o Grêmio depende do lance fortuito, da cobrança de
falta, do escanteio, da desatenção do adversário.
Ontem,
isso não adiantou. Em geral, não adianta. Restou ao Grêmio milionário a
constrangedora classificação em pênaltis diante de um São Luiz que não está nem
na série B. Preocupante.
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