quarta-feira, 26 de dezembro de 2012



26 de dezembro de 2012 | N° 17294
BLECAUTE DE 2011

Lobão admite falha de operadores em apagão

Depois da divulgação das atrapalhadas conversas no dia em que um apagão deixou oito Estados do Nordeste sem luz por cerca de cinco horas, em fevereiro de 2011, o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, admitiu que os operadores do sistema elétrico nacional “falharam lamentavelmente” no episódio. – Eles (operadores) são preparados sempre e reciclados. Neste caso, falharam – admitiu o ministro.

As conversas que apontaram o despreparo dos operadores foram reveladas em reportagem do jornal O Estado de S.Paulo, a partir de relatórios obtidos por meio da Lei de Acesso à Informação. Os documentos são da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e do Operador Nacional do Sistema (ONS).

A Aneel listou ainda os problemas operacionais que resultaram na perda de 33 minutos para que o processo de recomposição do fornecimento de energia fosse iniciado, como um portão travado, um gerador de diesel de emergência que estava fora de operação e as dificuldades no acesso aos procedimentos operativos para a preparação e a recomposição da instalação. No relatório de junho, a Aneel já destacava que parte dos problemas foi verificada a partir do “exame detalhado das gravações das conversas” entre os técnicos da empresa.

Governo federal faz pente-fino de unidades

O apagão começou quando o sistema de proteção desligou automaticamente a linha de transmissão entre as subestações de Luiz Gonzaga e Sobradinho. A sucessão de problemas levou a Companhia Hidro Elétrica do São Francisco a ser multada em R$ 32 milhões.

Diante do sucessivo número de ocorrências recentes de desabastecimento no país, o Ministério de Minas e Energia estaria preparando relatório sobre a situação de 40 subestações. O material, classificado como “pente-fino” dessas unidades, deve ser concluído em fevereiro.

– Com base nesse relatório, tomaremos providências mais efetivas para evitar no futuro episódios como esses que têm acontecido – afirmou Lobão ao Jornal Nacional na segunda-feira.

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