21
de dezembro de 2012 | N° 17290
PAULO
SANT’ANA
A voz rouca do
velhinho
Às
vezes, as festas de Natal e Ano-Novo nos doem, enchem-nos de remorsos.
Mas
essas festas acabam sendo lindas, pela confraternização entre os participantes,
todos demonstram carinho por todos, animam-se os ambientes com os sorrisos e os
cânticos de todos, parece que se orgulham do ano decorrido com trabalho,
estudo, camaradagem.
Estas
festas lavam a alma da gente:
Vida
é chuva, é sol
Uma
fila, um olá.
Um
retrato, um farol.
Vida
é um filho que cresce,
Uma
estrada, um caminho,
É um
pouco de tudo
É um
beijo, um carinho.
Vida!
É um grito de gol,
É um
banho de mar,
É
inverno e verão.
Vida!
É mentira, é verdade
E
quem sabe a vida
É da
vida a razão.
E
aí, no meio da festa, surgem as piadas. As meninas do call center da Zero Hora
estavam no meio de uma discussão, também em meio à festa, sobre como os
leitores iniciam a leitura de Zero Hora, e chegou-se à conclusão de que era de
trás para a frente.
Foi
quando peguei o microfone e declarei: “Eu também, em minha casa, todas as
noites, como acontece com ZH, inicio a leitura de minha mulher de trás para a
frente”.
E,
no meio da festa, alguém perguntou se a gente sabia o que era o Corno Papai
Noel. Resposta: Corno Papai Noel é aquele que abandona furioso e magoado a
casa, mas volta por causa das crianças.
Estou
marcado na paleta: porque apoiei incondicionalmente Vanderlei Luxemburgo e
Fábio Koff por terem contratado para o Grêmio o goleiro Dida. Estou marcado na
paleta.
Mas
também marquei na paleta o David Coimbra, o Cacalo, o Pedro Ernesto e o Wianey
Carlet por terem feito pronunciamentos veementes contra a contratação do Dida.
Se der certo Dida, como disso estou convicto, eu vou demolir esses quatro
iniciados em futebol.
Devagarinho,
como quem não quer nada, Fábio Koff e sua equipe vão aperfeiçoando o novo time
gremista, que começa por um goleiro, também já contrataram um centroavante, vão
reforçar a meia-cancha, vão trazer mais um avante, nós vamos formar um grande
time, se Deus quiser.
Fábio
Koff está no caminho certo. Pelo amor de Deus, deixem o homem trabalhar, que
ele tem o instinto dos organizadores de clubes.
Deixem
o homem trabalhar.
Dá
para cantar para Fábio Koff a marchinha que foi feita para Getúlio Vargas
quando em 1950 voltou ao poder:
Bota
o retrato do velho
Bota
no mesmo lugar,
A
voz rouca do velhinho
Faz
a gente trabalhar.
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