17
de dezembro de 2012 | N° 17286
DONO
DO MUNDO
O Corinthians ri por
último
Cinco
anos atrás, o Corinthians disputava a Segundona, tinha um estádio de terceira
categoria, nunca havia ganho a Libertadores e, como consolação, amparava-se em
um título mundial conquistado em 2000 – um título meio esquisito, os
palmeirenses até zombavam de tapetão. Debochar de corintiano, cinco anos atrás,
era chutar cachorro morto.
Mas
foi ontem, do outro lado do planeta, lá em Yokohama, no Japão, que o manancial
de piadas secou de vez. Ao vencer o temido Chelsea, da Inglaterra, por 1 a 0
uma vitória incontestável apesar do placar miúdo , o Corinthians finalizou a
mais espetacular volta por cima dos últimos tempos. Sagrou-se campeão do mundo
outra vez. E, dessa vez, foi campeão após vencer a Libertadores, em julho
passado. No ano anterior, já havia conquistado o Campeonato Brasileiro.
Quem
agora vai gozar do Corinthians? Um Corinthians que, em 2011, novamente
provocara gargalhadas ao manter seu técnico – o hoje celebradíssimo Tite –
mesmo após ser eliminado pelo horroroso Tolima, da Colômbia, na primeira fase
do torneio continental.
Pois
Tite ficou, e hoje ninguém contesta que foi exatamente a sequência de seus
métodos, antes acusados de retranqueiros, que levou o Corinthians ao melhor ano
dos seus 102 de história. Ontem, pouco antes de o centroavante Guerrero marcar
de cabeça o gol do título, aos 23 minutos do segundo tempo, a mãe do treinador
chorava sem pausa em Caxias do Sul, onde Tite nasceu e se criou.
–
Ade, querido! – choramingava em frente à TV dona Ivone Mazzochi Bacchi, a mãe
do Ade, que é o apelido de Adenor Bacchi, que é o verdadeiro nome de Tite.
E o
Corinthians, campeão do mundo com o Palmeiras na Segundona, é quem riu por
último.
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