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quarta-feira, 3 de outubro de 2007
Bruno Miranda/Folha Imagem
Mônica Veloso diz não se identificar com Bebel, mas cogita um dia ser atriz
Jornalista Mônica Veloso, que teve uma filha com Renan, concede entrevista sobre lançamento da revista para a qual posou nua
LILIAN CHRISTOFOLETTI
DA REPORTAGEM LOCAL
A jornalista Mônica Veloso, 39, pivô do escândalo que abalou o senador Renan Calheiros e capa da próxima revista "Playboy", afirmou ontem que não se sentiu identificada com a personagem de Camila Pitanga, a prostituta Bebel, da novela "Paraíso Tropical".
Disse que não é uma celebridade, mas não descarta a possibilidade de um dia ser atriz.
"A novela do Gilberto Braga é uma obra de ficção. Ele pode ter feito uma alusão. Acho engraçado, mas realmente sou profissional, jornalista. Não tem nada a ver com a minha história", disse Mônica, que teve uma filha com Renan numa relação extraconjugal dele.
No último capítulo, exibido na sexta, Bebel torna-se amante de um senador e vai parar numa CPI, onde afirma que posará nua para uma revista.
Segurando a capa da "Playboy", em que aparece seminua sob o título "A mulher que abalou a República", Mônica disse que foi uma personagem involuntária da crise e não reescreveria seu passado, apesar de achar que a sociedade tem uma imagem equivocada dela.
Disse que sua próxima preocupação é o lançamento de um livro autobiográfico, previsto para novembro, em que conta sua relação com Brasília.
Outros políticos devem ficar preocupados? "Não", respondeu. "Falo de várias coisas, sobre o meu trabalho, como vejo a relação de jornalistas com fontes, tudo. Eu não era jornalista de rua, ficava dentro da redação, era apresentadora.
Mas não vou adiantar mais nada", disse Mônica, que chamava os repórteres de "colegas" e contou ter estudado no Ceub, mas pediu ajuda a uma jornalista para se lembrar do significado da sigla (UniCeub, Centro Universitário de Brasília).
Na entrevista coletiva para o lançamento da revista, na Editora Abril, a jornalista não quis falar sobre o relacionamento com Renan. "Seria indelicado."
Sobre o futuro, Mônica afirmou que pode voltar a atuar como jornalista, mas que não faria mais marketing político -trabalhou na campanha de Roseana Sarney.
"Não tenho menos competência, não sou menos antenada, não deixei de ser fonte segura só porque fui personagem involuntária de uma crise." Sobre a carreira de atriz, diz não pensar nisso agora, mas não descartar a hipótese.
"Não acho que esse episódio irá marcar para sempre a minha história", disse Mônica, que agradeceu o apoio da família e de amigos.
"Muitas pessoas de Brasília foram muito gracinha comigo." Também disse nunca ter feito cirurgia plástica e que as fotos da revista não passaram por retoques.
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