segunda-feira, 22 de outubro de 2007



22 de outubro de 2007
N° 15395 - Paulo Sant'ana


Time fraco de clube pobre

Toda a pobreza técnica do time do Grêmio é mostrada a nu nos jogos de fora do Olímpico.

A exemplo da Libertadores, o Grêmio só obtém bons resultados no Olímpico. E a exemplo da Libertadores, o Grêmio ameaça agora não conseguir classificação para a Libertadores de 2008.

Ou seja, sempre dá a lógica: se o time é fraco e se assenta em parcos recursos individuais, acaba soçobrando nas metas essenciais.

Quando o Grêmio joga fora do Olímpico, a gente se sente antecipadamente derrotado.

Nenhum time pode chegar a lugar algum ambicionado se não ganha os jogos de fora de casa, ontem contra o Flamengo o Grêmio se chocou novamente contra os rochedos rudes da sua miserabilidade de recursos financeiros que são destinados à formação de sua equipe.

O time do Grêmio não avança na hierarquia nacional porque virou um time de clube pequeno.

Mas o próximo jogo é contra o Náutico no Olímpico e aí então pode vir uma vitória, Deus queira que os adversários ao G-4 patinem.

E se o Grêmio só consegue bons resultados no Olímpico, não é difícil perceber que os maiores méritos dessas vitórias pertencem à torcida e ao ambiente favorável que se cria no estádio.

Sozinho, sem a sua a torcida, está definitivamente comprovado que o time é lamentavelmente precário e indigno das tradições do clube.

Se no ano que vem se repetir essa loteria a que o Grêmio se atira nas últimas temporadas, onde só depende do épico e dos jogos diante de sua torcida, o calvário da massa tricolor tende a se eternizar.

A fórmula deste campeonato nacional é tão perfeitamente idiota que ela desanima até os jogadores do clube virtualmente campeão.

Há várias rodadas que o São Paulo se arrasta em campo, sem nenhuma motivação, com o título garantido desde julho.

Não sinto nada pela Fórmula-1. Mas o título mundial de pilotos que se decidia ontem emocionou tanto aos adeptos daquele esporte que o nervosismo da pista alastrou-se até a cabina da Rede Globo, onde o inigualavelmente competente Galvão Bueno, dominado pelo clima emotivamente tenso, gritou no microfone: "As variantes são várias..."

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