sexta-feira, 19 de outubro de 2007


Patrus Ananias

JUNTAR ESFORÇOS CONTRA A FOME

O Dia Internacional da Alimentação é celebrado em 16 de outubro. Nesta semana, a comunidade internacional se volta para discutir, e enfrentar, o flagelo da fome, num debate do qual nós, do Brasil, podemos participar de maneira ativa, não só com reflexões, mas também com indicadores de boas experiências.

A alimentação é reconhecida pela FAO (Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação) como direito elementar e precedente a todos os outros. Isso representa um avanço na área e se coloca como um desafio a todos os governos do mundo: começa por defini-lo como direito, e não como benesse, elevando-o ao patamar das políticas públicas.

No Brasil, essa concepção se traduz na implementação do Fome Zero, estratégia do governo federal de integrar políticas para garantir acesso à alimentação, sobretudo aos mais pobres, implantando no país as bases de uma política nacional de segurança alimentar e nutricional.

O combate à fome está se dando em muitas frentes para materializar o acesso à alimentação como um direito possível a todos. As ações para garantia e manutenção da estabilidade econômica são fundamentais, uma vez que, sem ela, os programas sociais, notadamente os direcionados à distribuição de renda, perdem eficácia.

O efeito da distribuição de renda sobre a qualidade da alimentação dos cidadãos está devidamente comprovado, como demonstra uma pesquisa sobre o Bolsa-Família feita no ano passado em conjunto pela Universidade Federal da Bahia e pela Universidade Federal Fluminense. Nas famílias pesquisadas, 93% das crianças e 85% dos adultos fazem três ou mais refeições diárias.

O Brasil já ultrapassou o primeiro dos oito Objetivos do Milênio da ONU, reduzindo o índice de brasileiros que vivem com menos de 1 dólar por dia de 11,7%, em 1992, para 4,6%, registrados no ano passado.

Estamos também vencendo o desafio de acabar com a fome no país e esperamos, a partir disso, consolidar a base de um forte projeto de nação em que todos tenham as mesmas condições e oportunidades.

ministro do Desenvolvimento Social

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