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quinta-feira, 18 de outubro de 2007
18 de outubro de 2007
N° 15392 - Leticia Wierzchowski
O grande Maugham
O tempo, como todos sabemos, é mais impiedoso do que qualquer crítico de arte.
E, certamente, mais justo. Não existem arrazoados humanos que sustentem uma obra ao longo dos anos, por mais elogiada que ela tenha sido em dado momento, se a sua chama não permanecer acesa por energias próprias e inomináveis.
Por isso é que alguns livros nunca morrem, seguem encantando gerações como um tesouro que passa das estantes do pai para as estantes do filho, a despeito de seu autor haver ou não sido premiado em vida.
Existem autores que, menosprezados pela crítica, têm sua obra viva, eternamente reeditada em livros e filmes de grande bilheteria, um manancial que nunca se esgota. Autores que nunca morrem, grandes contadores de histórias, grandes criadores de personagens, como William Somerset Maugham.
Quando leio um crítico falar do Maugham, nunca é com elogios. Parece haver um consenso nos círculos superiores de que Somerset Maugham foi uma espécie de engodo nunca desfeito, como se fosse fácil criar enredos como os que ele criou.
Há pouco tempo, inclusive, pus-me a ler seu romance Um Gosto e Seis Vinténs, baseado na vida do pintor francês Paul Gauguin, e, no prefácio da edição da Globo, lá vinha alguém esculhambando a obra de Maugham.
Agora me dêem uma boa justificativa para o fato de uma editora dar-se ao trabalho de reeditar um livro, uma obra inteira, inclusive, e entregar ao seu leitor, a pretexto de convite à leitura, um prólogo depreciativo, eu até mesmo diria pedante, que chega a incitar o vivente a desistir do livro ao qual ele tão ingenuamente se propôs.
E, se desiste, dando por perdidos os tostões com o que pagou aquele tomo, sairá duplamente perdedor, porque perde uma boa história.
Assim, fiquei contente de ler um artigo no último suplemento literário do El Clarín, em que o autor escrevia justamente sobre os grandes personagens e enredos que Somerset Maugham criou, e que o cinema até hoje resgata, como no caso do recente (e belo) O Véu Pintado.
Mas, tolos prólogos à parte, Somerset Maugham escreveu e viveu o que quis. Foi um homem rico, viajou o mundo e contou tudo em seus inúmeros romances. Disse certa vez: "Eu nunca pretendi ser algo mais do que um contador de histórias.
Eu me divirto contando historias". Divertiu-se bastante, e deixou-nos grandes livros como O Fio da Navalha e O Destino de um Homem, cuja leitura recomendo.
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