segunda-feira, 29 de outubro de 2007



29 de outubro de 2007
N° 15402 - Wianey Carlet


Inter, ex-time

Um caipira, no interior de Sorocaba, poderia diagnosticar:

- O Inter é o time da fartura: farta treinador, farta atacante, farta pegada, farta quase tudo.

E estaria certíssimo. O que é que o Inter tem e mostrou em Curitiba, contra o Paraná? A defesa não é fraca, mas se a bola não pára na frente, o meio-campo é um ajuntamento de burocratas, e o ataque é formado por fujões de área, o que é que sobra? Falar sobre jogadas padronizadas é de provocar risos.

Tudo isto é tão comum como cobra de suspensórios. Não pode vencer um time que tem um atacante como Gil, que não entra na área, faz de conta que está lutando na zona morta do campo e chuta a gol quando não existe nenhuma outra alternativa.

Pode fazer gols uma equipe cujo segundo atacante, Fernandão, se posiciona da intermediária ofensiva para trás e fica dando toquinhos com a sonolência de uma vovó depois do almoço? É possível a um time vencer sem chutar contra o gol adversário?

Que me desculpem os colorados, mas, neste momento, o Inter é um ex-time, e a sua maior grandeza futebolística, hoje, está nos discursos. Nada mais. Não falo sobre as substituições porque o torcedor colorado merece respeito. Pelo menos por parte de quem comenta futebol.

Emoções

Grêmio e Náutico protagonizaram um dos jogos mais emocionantes deste campeonato. Sete gols é para colocar à prova a saúde cardíaca de qualquer torcedor. O Grêmio venceu sem jogar bem.

Os treinos secretos foram insuficientes para que o time de Mano Menezes se preparasse para marcar o uruguaio Beto Acosta. Ele fustigou, provocou, enrolou e complicou a defesa. Leo não andou bem, e Anderson Pico comprometeu até ser substituído. Uma substituição discutível só mereceu aprovação pelo resultado:

Tuta jogava muito bem, e Marcel tinha dificuldades. Mano preferiu substituir Tuta. Deu certo. O Grêmio venceu. Foi uma batalha. A Batalha da Azenha. Grêmio e Náutico está virando clássico épico. Como registrou um torcedor, no final do jogo, na Rádio Gaúcha:

- Este jogo também merece um DVD.

Terra e ar

Quem tem Marcel, Tuta e Diego Souza pode apostar muitas fichas neste trio que mais parece uma irresistível divisão de tanques, por terra, e uma esquadrilha aérea mortífera, pelo alto.

Marcel marcou dois gols, e Tuta, ao tentar cruzar, pegou mal na bola e enganou o goleiro, marcando um golaço. O Diego Souza completou o bombardeio aéreo deixando o seu, também, de cabeça. Quem tem Marcel, Tuta e Diego Souza, pode deixar de escalar os três?

Exemplo

Quando um torcedor idiota jogou um copo de água, quase acertando o árbitro, torcedores gremistas que estavam nas proximidades indignaram-se com o irresponsável e deram um exemplo de como deve agir a torcida: identificaram o babaca, fotografaram-no e o entregaram à Brigada.

Maravilha! Só as torcidas poderão conter estes baderneiros que não merecem ocupar lugar em um estádio de futebol. Parabéns, torcedores gremistas. Assim é que se faz!

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