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quarta-feira, 17 de outubro de 2007
17 de outubro de 2007
N° 15391 - Paulo Sant'ana
Sobre pedágio, leia aqui
Recebo extensa resposta, que resumo, da entidade que reúne as empresas de pedágio gaúchas, sobre a coluna que escrevi documentando que pagamos no RS seis vezes mais pelo pedágio que será cobrado nas rodovias federais recentemente privatizadas:
"Prezado jornalista... A par da sua coluna publicada na Zero Hora do dia 15/10/2007, gostaríamos de oferecer algumas considerações que julgamos fundamentais:
Não há como estabelecer comparação entre os valores de tarifa de pedágios praticados nas rodovias do Programa Estadual de Concessões Rodoviárias com os oferecidos recentemente em licitação para os trechos federais. A determinação do valor do pedágio é uma questão basicamente financeira e, na maior parte dos casos, sequer depende da vontade do concessionário.
O valor da tarifa depende, em primeiro lugar, da dimensão dos encargos atribuídos ao concessionário: quanto maiores os investimentos e os ônus, tanto maior será o pedágio.
Em segundo lugar, há a questão da base de pagantes: quanto maior o número de pagantes, tanto menor o pedágio. Não podemos comparar o volume de tráfego de rodovias como a Régis Bittencourt ou a Fernão Dias com rodovias gaúchas como a RS-040 (Porto Alegre-Cidreira) ou até mesmo a BR-290, que vai até Pantano Grande.
Rodovias fechadas, sem rotas de fuga e com volume de tráfego muito superior, certamente terão tarifas mais baixas... Atenciosamente, (ass.) Luiz Dahlem, diretor executivo da Associação Gaúcha de Concessionárias de Rodovias".
Agora é o colunista que escreve. Logo que foram abalados com a notícia de que nos pedágios licitados recentemente pelo governo federal será cobrada tarifa de R$ 1,42 por cada cem quilômetros percorridos, enquanto pagamos aqui no RS tarifa seis vezes maior (R$ 8,75), as concessionárias gaúchas conseguiram passar para e pela imprensa o raciocínio de que, quanto mais veículos utilizarem uma rodovia, mais barata será a tarifa de pedágio cobrada.
É o argumento principal das concessionárias daqui e de seus defensores.
Eu não entendo nada de pedágio, mas me ocorre que, quanto maior for o fluxo em uma rodovia, maior será o seu desgaste, tornando-se assim mais cara a sua conservação.
E como podem os espanhóis que ganharam a licitação de seis lotes de rodovias federais cobrar mais barato por pedágio em rodovias cujo custo de conservação é muito mais caro do que nas rodovias de menor fluxo, no caso as gaúchas, como alegam as concessionárias daqui?
Tem algum caroço nesse angu.
Mas mesmo que com fluxo menor tenha a tarifa que ser mais cara, o que me parece não plausível pelo argumento que expus acima, não pode ser mais cara seis vezes, repito, seis vezes mais cara a tarifa que se cobra aqui com relação à que será cobrada nas estradas federais que o Lula privatizou.
É demais. A própria CPI dos Pedágios, ainda que apressada e inconclusa, afirmou ser exagerado o preço do pedágio gaúcho e que os contratos, nesse nível de cifras, não podem ser prorrogados. Tem caroço no angu do pedágio gaúcho.
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