02
de janeiro de 2013 | N° 17300PÁGINA 10 |
CARLOS
ROLLSING (Interino)
Desafios e futuro
Alçados
aos cargos nas cerimônias de posse realizadas ontem nos 497 municípios gaúchos,
os prefeitos entram agora na fase de cumprimento de promessas e superação de
desafios. Decisivos para o desenvolvimento, os próximos quatro anos também serão
fundamentais para apontar o futuro político de lideranças do Estado. Quem for
bem se cacifa para voos mais altos.
Episódios
trágicos como o assalto à fábrica de joias em Cotiporã acarretam a certeza de
que colherão bons frutos os prefeitos que encontrarem alternativas para a
segurança, em conjunto com os governos estadual e federal.
Não é
mais aceitável que os gestores passem quatro anos reclamando da falta de
efetivo da Brigada Militar, agarrando-se ao obsoleto item da Constituição que
atribui ao Estado a tarefa de prover segurança pública.
Nas
grandes cidades, as guardas municipais precisam ser reforçadas, treinadas e
equipadas para atuar em patrulhas ostensivas, auxiliando a Brigada Militar. É desperdício
permitir que os agentes cumpram apenas a função de proteger o patrimônio público.
Antes de qualquer coisa, quem precisa de proteção é a população.
A
Região Metropolitana, sobretudo Porto Alegre, precisa analisar a possibilidade
de equipar as guardas municipais com armas de fogo. Ao mesmo tempo, a
criminalidade deve ser combatida com o cercamento virtual das cidades, centrais
de monitoramento e programas sociais para pessoas em situação de
vulnerabilidade.
Também
são desafios a construção de creches, o saneamento das finanças, a execução de
soluções para a saúde e a busca por vocações econômicas que não deixem as
cidades dependentes dos setores primário e de serviços. Onde houver
possibilidade, é fundamental agregar valor aos produtos, expandir a indústria e
a produção de componentes tecnológicos.
Em
Porto Alegre, o prefeito José Fortunati vislumbra pelo menos outros três
desafios: finalizar as obras da Copa sem novos atrasos, lançar a licitação que
irá mudar o sistema de ônibus na Capital, com a adoção dos BRTs (Bus Rapid
Transit), e acabar com células partidárias que se instalaram há anos na
prefeitura de Porto Alegre para obter vantagens pessoais. Se cumprir o mandato
com êxito, Fortunati entrará com envergadura na eleição de 2018 ao Piratini.
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