quarta-feira, 1 de agosto de 2012


Bairro paulistano tem alta inclusão digital

Moema seria 4º "país" em conexões, calcula FGV

DO RIO

O Brasil ocupa o 72º lugar em um ranking que calcula a taxa de inclusão digital da população acima de 15 anos em 156 países. Alguns bairros nobres de São Paulo, no entanto, estão acima da média nacional, com índices equivalentes a países da Europa.

Moema, na zona sul, tem taxa de inclusão digital de 93%; o Jardim Paulista, na mesma região, atinge 92,3%. São equivalentes, por exemplo, às da Holanda (92,5%) e de Luxemburgo (92%), quinto e sétimo no ranking mundial, respectivamente.

Os dados são da pesquisa "O início, o fim e o meio", elaborada pela Fundação Getulio Vargas (FGV) em parceria com a Fundação Telefônica.

Batizado de ITIC, o índice de inclusão digital leva em conta a média de acesso domiciliar a internet, celular, telefone fixo e computador da população acima de 15 anos.

A pesquisa, coordenada pelo economista Marcelo Neri, da FGV, utilizou informações do Gallup World Poll e do Censo 2010 do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

A taxa de inclusão digital no Brasil é de 51,3%, de acordo com a FGV. "Está na média mundial. Podemos dizer que o 'copo' da inclusão digital do país está meio cheio, meio vazio", afirmou Neri.

Um dado curioso é o das favelas cariocas. A Rocinha, na zona sul, tem índice de 57,46% e a Maré, na zona norte, tem 55,94%, acima da média brasileira.

"Os números das favelas cariocas surpreenderam", disse Neri.

LUCAS VETTORAZZO

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