A função do jornal de papel, da
mídia eletrônica e do jornalista
Não
há dúvida de que, com o surgimento das novas tecnologias - particularmente as
mídias eletrônicas -, os jornais, especialmente os impressos, perderam muito
quanto à hegemonia da informação. Mas jornais sempre procuraram se reinventar e
evoluir.
A
internet e outras mídias, ao menos até o momento, não retiraram dos jornais as
suas históricas capacidades de interpretar, comentar e analisar os
acontecimentos, isso, é claro, além de manter a função primordial do
jornalismo, que é a de informar. Isso
para não falar, especificamente, em jornalismo argumentativo e investigativo,
ramos que atendem às necessidades das pessoas na busca da verdade e ajudam no
caminho do desenvolvimento da democracia.
De
mais a mais, jornais impressos e mesmo eletrônicos, muitas vezes, têm mais
capacidade de selecionar e organizar os bilhões de informações que circulam por
aí. Hoje em dia, quem tem tempo para selecionar, checar e organizar
informações?
Os
sites e blogs das companhias jornalísticas tradicionais têm sido apontados como
mais os mais acessados, por sua credibilidade. Atualmente, uma das funções mais
relevantes do jornalismo é, justamente, selecionar e até organizar o que realmente
importa, para facilitar e auxiliar o complexo cotidiano das pessoas.
Ao
fim e ao cabo, o fato é que o bom jornalismo sempre se deparou com a tecnologia
e a aproveitou. O rádio e a TV são exemplos marcantes disso. O que interessa,
como se sabe, realmente, não são os suportes em si, mas o que se faz com eles,
como os utilizamos.
O
que importa é a credibilidade, a ética e os princípios do bom e velho
jornalismo e sua antiga e imprescindível capacidade de mediação, quando se
utiliza as modernas ferramentas da comunicação. Nunca é demais lembrar, também,
que são tarefas importantes dos jornais e dos jornalistas o pensamento, a
reflexão e a expressão sobre o papel que ambas devem exercer. Sempre, e mais do
que nunca, com a ajuda do público, que é informadíssimo e gosta de interagir.
Além
de informar, é preciso formar. Se as informações chegam antes às pessoas por
outros meios, já não importa tanto. Importa o que fazer, depois, com elas. E
isso os bons jornais e jornalistas seguem fazendo, mesmo ameaçados e mesmo
navegando contra ventos e marés de vários tipos e dimensões.
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