16
de agosto de 2012 | N° 17163
ARTIGOS
- José Clovis de Azevedo*
Ações para a busca da
qualidade
Os
resultados do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) denunciam uma
crise histórica da educação brasileira, cujos índices negativos afetam, também,
de forma preocupante a educação pública no Rio Grande do Sul. Em janeiro de
2011, encontramos as escolas com estrutura física degradada, sem políticas para
formação continuada e para a recuperação salarial de professores e
funcionários.
Quando
assumimos a Secretaria de Estado da Educação (Seduc), tomamos medidas para
iniciar a reversão desse quadro. As primeiras ações focaram as séries iniciais
do Ensino Fundamental. A secretaria chamou para si a responsabilidade da alfabetização
e do letramento, colocando o professor como protagonista do processo de
aprendizagem. Implantamos a reestruturação curricular para os três primeiros
anos do Ensino Fundamental, conforme estabelecido por resolução do Conselho
Nacional de Educação.
Investimos
na formação continuada, em serviço, dos docentes e em material didático.
Introduzimos o plano didático pedagógico específico para acompanhamento de
alunos que apresentam dificuldade de aprendizagem, disponibilizando o professor
apoiador, o qual, com o professor da turma, reforça o trabalho de consolidação
da aprendizagem. A melhoria do Ideb dos anos iniciais é um indicativo de que as
medidas tomadas já se refletem na aprendizagem dos alunos.
Em
2011, fizemos o diagnóstico do Ensino Médio e detectamos altos índices de
evasão e reprovação, bem como a falta de identidade dos jovens com as
atividades curriculares. Para enfrentar essa realidade, realizamos a
Conferência Estadual do Ensino Médio e da Educação Profissional, que aprovou a
reestruturação curricular, adequando o currículo às diretrizes nacionais
estabelecidas pelo Conselho Nacional de Educação.
A
reestruturação curricular recebeu críticas de alguns setores, que pediam mais
tempo para debater. Afirmamos que adiar a reforma só agravaria a situa-ção
existente. Felizmente, a maioria da comunidade escolar e da sociedade gaúcha
entendeu a urgência da implantação do Ensino Médio Politécnico e da Educação
Profissional Integrada ao Ensino Médio.
Ainda
em 2011, iniciamos a recuperação salarial dos educadores, garantindo 76% de
reajuste até 2014, mantendo o compromisso com o pagamento do piso nacional como
vencimento básico até o final deste governo.
Com
as mudanças curriculares iniciadas em 2012, que serão concluídas em 2014, e o
conjunto de ações desencadeadas com o objetivo de melhorar a qualidade do
ensino, esperamos contribuir decisivamente para superar a curva descendente da
educação pública estadual.
*SECRETÁRIO
DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
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